sábado, 04/10/25

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Corpo de professora morta a tiros pelo ex-companheiro é sepultado em cemitério de Sobradinho, no DF

Marley de Barcelos Dias, de 54 anos, é segunda vítima de feminicídio deste ano na capital; mulher estava sob medida protetiva. Suspeito se suicidou horas após crime.

Marley de Barcelos Dias, de 54 anos, foi morta a tiros no DF — Foto: Arquivo pessoal
Marley de Barcelos Dias, de 54 anos, foi morta a tiros no DF — Foto: Arquivo pessoal

Amigos e familiares da professora Marley de Barcelos Dias, de 54 anos, se reuniram, nesta quarta-feira (13), no Cemitério Campo da Esperança, em Sobradinho, para prestar as últimas homenagens. A mulher foi morta a tiros pelo ex-companheiro, na terça-feira (12). Geovane Geraldo Mendes da Cunha, de 44 anos, se suicidou horas após o crime (veja mais abaixo).

A cerimônia fúnebre estava marcada para ocorrer entre 8h e 10h, e, em seguida, seria o sepultamento da professora. Nessa terça, o G1 entrou em contato com o filho de Marley, que presenciou o crime. Ele disse que “não tinha condições” de conversar com a reportagem.

A vítima era professora de educação básica vinculada à Secretaria de Educação do DF. Em nota, a pasta informou que a servidora estava aposentada desde 2017. Antes de parar de trabalhar, ela chegou a ser diretora no Centro de Ensino Infantil 4 de Sobradinho.

A professora já havia denunciado Geovane duas vezes na Lei Maria da Penha. Nas ocasiões, ela conseguiu medidas protetivas contra o suspeito, sendo que uma delas continuava vigente. Em junho do ano passado, Marley chegou a dizer ao juiz que estava com “muito medo” do ex-companheiro, que já a teria ameaçado.

O crime

A professora foi encontrada morta na madrugada desta terça-feira. O crime ocorreu por volta das 3h e é investigado como feminicídio.

 Geovane Geraldo Mendes da Cunha, de 44 anos, tirou a própria vida após matar a ex-companheira, no DF — Foto: PCDF/Divulgação
Geovane Geraldo Mendes da Cunha, de 44 anos, tirou a própria vida após matar a ex-companheira, no DF — Foto: PCDF/Divulgação

De acordo com o Corpo de Bombeiros, vizinhos escutaram o barulho dos tiros durante a madrugada. Quando chegaram à casa da vítima, as testemunhas viram Geovane fugindo em um carro branco.

Câmeras de segurança flagraram o momento em que o agressor pulou o muro da casa da professora). Ele conversou com alguém na guarita por cerca de 25 segundos e entrou no local.

Em seguida, estacionou na frente da casa e invadiu a residência. Quatro minutos depois, o homem saiu dirigindo outro carro branco que estava na garagem.

Segundo a Polícia Militar, Marley foi atingida na região do tórax. Após o crime, Geovane fugiu para São Gabriel (GO) e, com a própria arma, cometeu suicídio, segundo a Polícia Civil do DF. No momento, ele era perseguido por policiais da região.

G1 DF

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