Até então, a pasta havia adquirido 2 milhões de unidades do equipamento em estoque para a campanha de imunização contra Covid-19
A Secretaria de Saúde informou ter iniciado a compra de pelo menos 4,8 milhões de seringas que serão usadas exclusivamente na campanha de imunização contra a Covid-19 na capital federal. Até então, a pasta havia adquirido 2 milhões de unidades do equipamento necessário para a aplicação da esperada vacina.
O número total do insumo representa mais do que o dobro da população do Distrito Federal, estimada em cerca de 2,75 milhões de pessoas, de acordo com o censo realizado em 2010 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar do cenário favorável, o Executivo local ainda não definiu a data do início da campanha local.
A antecipação do Governo do Distrito Federal (GDF) para a aquisição do material ocorre um dia após o presidente do Conselho Nacional de Secretarias de Saúde (Conass), Carlos Eduardo Lula, alertar sobre a falta de seringas e agulhas, com o fracasso da União em comprar seringas e agulhas para a vacinação contra a Sars-Cov-2.
“Corremos o risco real de termos vacina e não termos agulhas e seringas suficientes. O Ministério da Saúde tem de urgentemente reunir a indústria nacional para saber como proceder. Sob pena de medidas drásticas serem tomadas, como, por exemplo a requisição administrativa ou a proibição de exportação dos estoques no Brasil”, disse ao jornal O Globo.
União fracassa
Recentemente, o Metrópoles noticiou que o Ministério da Saúde havia fracassado na primeira tentativa de comprar seringas e agulhas para a vacinação no Brasil. Para se ter ideia, das 331 milhões de unidades que a pasta tem a intenção de comprar, só conseguiu oferta para adquirir 7,9 milhões no pregão eletrônico realizado na última terça-feira (29/12).
O número corresponde a cerca de 2,4% do total de unidades que a pasta desejava adquirir.
Com isso, a União corre contra o tempo para realizar novo certame, ainda sem data definida. A compra de seringas e agulhas costuma ser feita por Estados e municípios. Durante a pandemia, porém, o ministério decidiu centralizar estes insumos. A previsão do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, é iniciar a vacinação contra Covid-19 no país em fevereiro.
Metrópoles