Ministro Aldo Fagundes, primeiro civil a presidir a Corte militar, morreu na noite desse domingo (6/12), aos 89 anos
Morreu na noite desse domingo (6/12), aos 89 anos, o ministro aposentado do Superior Tribunal Militar (STM) Aldo da Silva Fagundes. Ele estava internado em um hospital particular de Brasília diagnosticado com a Covid-19.
Devido aos protocolos governamentais no enfrentamento à Covid-19 e por motivo de segurança sanitária, a família do ministro realizou uma cerimônia restrita, às 15h30 desta segunda-feira (7/12), para a justa despedida fúnebre.
O ministro Aldo Fagundes era natural de Alegrete (RS), onde nasceu em 27 de maio de 1931. Foi nomeado ministro do Superior Tribunal Militar (STM) por decreto de 25 de março de 1986, e tomou posse em 9 de abril do mesmo ano.
Aldo Fagundes foi o primeiro ministro civil eleito presidente da Corte, escolhido pelo Plenário, observado o critério de rodízio para um mandato de dois anos. Ele se aposentou da Corte militar em maio de 2001.
O ministro participou do julgamento do então capitão Jair Messias Bolsonaro – hoje presidente da República –, em 1987, acusado de planejar a explosão de bombas em quartéis do Rio de Janeiro.
Revisor do processo, Aldo Fagundes considerou a possibilidade de Bolsonaro ser um insano, um terrorista e/ou um angustiado, “aquilo que os psicólogos apontam como o deslumbramento social”.
“É muito difícil concluir pela insanidade mental desse homem. Seria um radical, interessado em subverter a ordem pública, um terrorista, enfim? Muito difícil”, disse o ministro, durante o julgamento, ao qual o Metrópoles teve acesso.
Na avaliação do ministro, Bolsonaro chegou a pensar que era o “verdadeiro líder do Exército brasileiro”. Na ocasião, o capitão protestava contra os baixos soldos. Ele votou a favor da absolvição do militar.
Com informações do Metrópoles