Cinco empresas integram o conglomerado brasiliense particular, especializado em saúde. No total, as unidades terão em torno de 500 leitos
O Hospital Santa Marta adquiriu o Hospital Anna Nery, em Taguatinga, e o Albert Sabin, na L2 Norte, na altura da 608. Com as unidades recém-compradas, forma-se o Grupo Santa Marta, que reúne os três hospitais particulares, o Instituto Santa Marta de Ensino e Pesquisa (Ismep) e a Oncologia Santa Marta, que deve ser inaugurada nos próximos meses.
O lançamento do Grupo Santa Marta ocorreu na manhã desta segunda-feira (24/11), em formato on-line. “O crescimento do hospital, por meio da aquisição de novas unidades, estava em nosso planejamento estratégico. Assim que surgiu a oportunidade, sentimos que havia chegado a hora de expandirmos o hospital e, assim, nos tornamos um grupo”, disse a CEO do Grupo Santa Marta, Luci Emidio.
O Hospital Albert Sabin funciona há um ano e nove meses e tem instalações e equipamentos novos. O Hospital Anna Nery passa por reformas, incluindo no pronto-socorro, que terá fluxo específico para pacientes com síndromes respiratórias. O grupo terá, aproximadamente, 500 leitos. O valor das aquisições não foi divulgado.
A diretora comercial e financeira, Ingrid Borges, afirmou que cada unidade hospitalar terá a própria rede de convênios. “A ideia é ter cobertura que consiga suprir toda a demanda das regiões vizinhas aos hospitais”, pontuou. A gestora detalhou que há negociação para atendimento, somente no Hospital Santa Marta, do plano de saúde de servidores do Governo do Distrito Federal (GDF).
Ingrid citou que houve suspensão preventiva e temporária dos atendimentos relacionados aos integrantes da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF). “Temos total interesse em atender a essa conceituada corporação, mas dependemos do orçamento direcionado ao Santa Marta e, se for de interesse da Polícia Militar, também para o Albert Sabin e o Anna Nery”, comentou.
Segundo o diretor médico, Roberto Abreu, não há previsão de que os hospitais do Grupo Santa Marta recebam pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). “O Hospital Santa Marta teve contrato com a Secretaria de Saúde na primeira fase da pandemia, mas está suspenso por conta de questões diversas”, disse.
Contratações
Segundo o diretor administrativo do Grupo Santa Marta, Márcio Cunha, o lançamento do conglomerado e a ampliação dos serviços vão gerar vagas de trabalho. “O Santa Marta tem como diferencial o investimento em pessoas, e isso vai impactar positivamente no Distrito Federal”, assinalou.
Os impactos da pandemia do novo coronavírus também foram citados no lançamento do novo grupo de saúde particular. A diretora comercial e financeira pontuou que houve redução da receita durante a crise, especialmente pela baixa procura por serviços de rotina e eletivos. “Acredito que isso aconteceu porque as pessoas deixaram de dar continuidade aos tratamentos de saúde e por causa do adiamento das cirurgias eletivas”, destacou.
De acordo com o diretor médico, não foi observado crescimento nos atendimentos a pacientes com Covid-19, mas os hospitais do Grupo Santa Marta estarão preparados, se for necessário mobilizar mais leitos.
“Temos procura bastante alta para demais patologias que demandam leitos de UTI. Essa história de que a 2ª onda [da pandemia] está chegando é bastante controversa, não temos observado aumento de casos significativo nas unidades, mas estamos preparados, sim, para qualquer movimento em qualquer momento”, disse Roberto Abreu.
O Hospital Santa Marta atua no segmento de saúde há mais de 30 anos. Nas novas unidades, segundo o Grupo Santa Marta, serão implementadas estratégicas qualitativas específicas para adoção do padrão de qualidade de atenção à saúde por protocolos de instituições nacionais e internacionais.
Confira, na íntegra, o lançamento oficial do Grupo Santa Marta:
Metrópoles*