Vitor Hugo Soares
Jornalista
Em meio aos registros factuais nada animadores, somados às celebrações do Dia da Consciência Negra, em várias partes do País, destacamos aqui a matéria de Capa do Caderno B, do Jornal do Brasil ( edição digital). sobre Luiz Gama.)Nascido em Salvador em 1830, filho de uma africana livre e de um português, Luiz Gama foi vendido ainda criança pelo pai, como pagamento de uma dívida de jogo, e enviado a São Paulo como escravo. Foi alfabetizado apenas aos 17 anos, um ano antes de conseguir judicialmente a própria liberdade, narra o texto assinado por Sarah Quines. Em destaque, o impedimento de Luiz Gama de frequentar o Curso de Direito do Largo de São Francisco, por sua condição racial, e o seu desassombrado trabalho de jornalista para sobreviver. Vale a pena ler a reportagem.Honras e vivas ao ex-escravo baiano, que libertou 500 escravizados.
” Determinado, o baiano passou a estudar direito de forma autodidata e atuou na prática como advogado, libertando mais de 500 negros da escravidão. Em 2015, 133 anos após a sua morte, foi reconhecido pela OAB como advogado e, em 2018, foi declarado por lei como patrono da abolição da escravidão no Brasil, além de ter o nome inscrito no Livro dos Heróis da Pátria. O abolicionista, que também foi jornalista e poeta, é tema do estudo de Ligia Fonseca Ferreira, professora da Unifesp que pesquisa a vida e obra de Luiz Gama há cerca de 20 anos e publicou três livros sobre ele.
Ela fala co exclusividade na reportagem do B e vale a pena ler o que ela diz. Viva! (Com agradecimentos do BP ao jornalista Gilson Nogueira, que compartilhou o texto).