O teto de benefícios pagos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) poderá subir de R$ 6.101,06, neste ano, para R$ 6.351,20 no ano que vem. Ou seja, alta de 4,1%. Já o piso poderá crescer de R$ 1.045 para 1.087,85.
Aposentadorias e pensões pelo INSS são reajustadas anualmente com base na inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que acumulou alta de 2,95% entre janeiro e outubro deste ano.
A Secretaria de Política Econômica, do Ministério da Economia, atualizou nessa terça-feira (17/11) a previsão sobre o INPC deste ano, de 2,4% para 4,1%. A informação consta no Boletim Macrofiscal de novembro.
Dessa maneira, para calcular o possível valor da aposentadoria ou pensão do INSS que receberá ao longo do próximo ano, basta acrescentar 4,1% no benefício atual. Por exemplo: R$ 2,5 mil + 4,1% = R$ 2.602.
A equipe econômica do governo propôs congelar aposentadorias e pensões do INSS para aumentar o valor pago pelo Bolsa Família, mas a proposta não foi aceita pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
“Quem porventura vir a propor para mim uma medida como essa, só posso dar um cartão vermelho para essa pessoa”, disparou Bolsonaro, em setembro deste ano, ao enterrar a proposta do Renda Brasil.
Salário mínimo
No Projeto da Lei Orçamentária Anual (PLOA) enviado em agosto deste ano, a equipe econômica do governo Bolsonaro projetou um salário mínimo de R$ 1.067 – aumento de 2,1%, com base na projeção do INPC à época.
O índice, que calcula a inflação para famílias de baixa renda – entre um e cinco salários mínimos –, é divulgado oficialmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A projeção sobre a inflação diminuiu ante a pandemia do novo coronavírus. Por outro lado, a situação provocou aumento nos preços de alimentos, o que prejudicou, sobretudo, famílias com baixa renda.
Essa previsão tem crescido com o passar do tempo. Além do salário mínimo, o INPC serve como cálculo para corrigir benefícios do INSS, além do valor do seguro-desemprego e do abono salarial do PIS/Pasep.