Operação desarticula esquema de grilagem de terras em Planaltina, no DF

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Em marrom, área loteada por suspeitos alvos de operação no DF — Foto: Polícia Civil do DF/Divulgação
Em marrom, área loteada por suspeitos alvos de operação no DF — Foto: Polícia Civil do DF/Divulgação

 

A Polícia Civil do Distrito Federal cumpriu sete mandados de busca e apreensão, nesta quinta-feira (5), em uma operação para desarticular um esquema de grilagem de terras em Planaltina. Ao todo, 18 veículos foram apreendidos, incluindo um ônibus e um caminhão.

De acordo com a corporação, a Justiça determinou o bloqueio de até R$ 111 milhões em bens móveis, imóveis e ativos financeiros dos suspeitos – valor estimado pelos investigadores, referente ao dano ambiental praticado na região.

A ação, que ganhou o nome de Sálvia, foi realizada pela 16ª Delegacia de Polícia, em Planaltina, e teve apoio da 31ªDP, na mesma região, e da 13ªDP, em Sobradinho. Os nomes dos alvos da operação não foram divulgados.

De acordo com os investigadores, o grupo era composto por seis integrantes, quase todos da mesma família. As apurações indicam que eles devastaram a vegetação nativa da antiga Fazenda Sálvia, abriram ruas e quadras e lotearam o terreno, onde atualmente fica o bairro Nova Petrópolis.

Crime em família

Ao todo, 18 veículos foram apreendidos, incluindo ônibus e um caminhão  — Foto: Polícia Civil do DF/Divulgação
Ao todo, 18 veículos foram apreendidos, incluindo ônibus e um caminhão — Foto: Polícia Civil do DF/Divulgação

Conforme a Polícia Civil, a área, que pertence ao governo do DF, estava cedida à “chefe da organização” para cuidar da posse e evitar invasões na região. No entanto, a mulher e os parentes passaram a cometer os crimes, afirmando que seriam os legítimos proprietários da fazenda.

“Assim, iniciaram as vendas dos lotes do GDF como se fossem próprios”, diz a polícia

Segundo as investigações, o dinheiro das vendas ilegais era destinado à compra de bens em nome de laranjas, o que caracteriza lavagem de dinheiro. As apurações duraram dois anos, período em que foram feitas perícias e diligências no local.

A Polícia Civil informou que a denúncia sobre a investigação foi recebida pela Justiça do DF. Os investigados são réus pelos seguintes crimes:

  • Organização criminosa
  • Lavagem de dinheiro
  • Dano ambiental
  • Parcelamento irregular do solo
  • Estelionato
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