O médico chinês Yi Fan, de 42 anos, que foi notícia por todo o mundo em abril, por ter ficado com um tom de pele totalmente diferente durante o tratamento contra a Covid-19, se recuperou da doença e a sua cor original.
Além de Fan, que é cardiologista, também o médico Hu Weifeng, desenvolveu, ao mesmo tempo, este efeito colateral. Contudo, acabou por não sobreviver e morreu em junho, aos 42 anos, após cinco meses de luta contra a doença.
Na altura, vários especialistas explicaram que a coloração de Fan e Weifeng, naturais de Wuhan, o epicentro da pandemia, devia-se a uma resposta do fígado a um desequilíbrio hormonal, causado pela medicação administrada e pela doença.
TantoFan comoWeifengforam infectadosnoHospital Central de Wuhan, onde trabalhavam, no mês dejaneiro, antes do novo coronavírusse espalhar pelo mundo e matar mais de um milhão de pessoas. Poucos dias depois de saberem que estavam infectados, ambos tiveram de ser internados numa Unidade de Cuidados Intensivos devido à gravidade dos sintomas.
Weifengperdeu a batalha em junho, mas Fan sobreviveu e, nesta segunda-feira, dia 26 de outubroapareceu pela primeira em público,numa reportagem feita a partir do Hospital Central de Wuhan, onde continua a trabalhar.
O cardiologista aproveitou o momento para agradecer a Wang Chen, um médico especialista em doenças respiratórias que, segundo Fan, é o responsável por ter salvo sua vida. “O Wang me salvou. Preciso mesmo agradecer”, disse.
De notar que, nas imagens, os dois médicos aparecem na unidade hospitalar, sem máscara.
Recorde-se queFan era também colega de Li Wenliang, o médico repreendido pelas autoridades chinesas, por tornar público a crise do novo coronavírus em Wuhan e que acabou morrendo, vítima da doença, várias semanas depois.