O governo da Tailândia anunciou a dissolução do Parlamento e a realização de eleições gerais dentro de 60 dias, com o objetivo de atenuar os protestos antigovernamentais previstos para esta segunda-feira (9).
Segundo a comissão eleitoral, a data mais provável é 2 de fevereiro.
Apesar disso, o líder dos protestos, Suthep Thaugsuban, disse que as manifestações vão continuar até a saída da premiê Yingluck Shinawatra. “A dissolução do parlamento não é nosso objetivo”, disse à Reuters.
Pelo menos nove colunas de manifestantes devem partir de vários acampamentos espalhados por Bangcoc em um dia que os antigovernamentais batizaram como a “batalha final” contra a corrupção do “regime Thaksin”.
“Após consultar várias partes, enviei o decreto real para pedir a dissolução do Parlamento”, disse a primeira-ministra durante um discurso transmitido pela televisão.
O Partido Democrata, que no sábado (7) decidiu abandonar em bloco seus assentos no Parlamento, afirmou que não aceitará Yingluck como governante até a realização das eleições.
Entre os planos dos antigovernamentais não se concebe participar das eleições sob o atual modelo, que denunciam estar viciado pela compra de votos e em um cenário no qual seria quase segura sua derrota.
A principal reivindicação dos antigovernamentais é a de invocar o artigo 7 da Constituição para que o rei da Tailândia, o octogenário Bhumibol Adulyadej, designe o próximo chefe do governo sem passar pelas urnas.
A Tailândia passa por uma grave crise política desde 2006 com frequentes manifestações e protestos populares que buscam paralisar o governo.