O Supremo Tribunal Federal (STF), por decisão da 2ª Turma, manteve a extradição do sócio da Telexfree Carlos Nataniel Wanzeler para os Estados Unidos. O processo de extradição havia sido suspenso pelo ministro Marco Aurélio Mello, da 1ª Turma.
A empresa de Wanzeler é acusada de integrar suposto esquema de pirâmide financeira, conspiração e fraude eletrônica. Ele é considerado foragido pela Justiça dos Estados Unidos e é réu em processo no qual vítimas pedem ressarcimento dos prejuízos causados pela empresa, responsável por venda de pacotes de internet.
A suspeita é de que mais de 1 milhão de pessoas tenham sido vítimas das ações fraudulentas da companhia, resultando em um prejuízo de mais de U$ 3 bilhões.
Em 2018, o Ministério da Justiça decidiu cassar a nacionalidade brasileira do empresário. Wanzeler se naturalizou norte-americano em março de 2009. Para a 2ª Turma, o gesto representa a renúncia do acusado de sua nacionalidade brasileira.
O colegiado definiu que a Justiça dos EUA permita que o empresário responda ao processo em liberdade, até a conclusão do julgamento. A 2ª Turma estabeleceu que o acusado não poderá ser sentenciado a mais de 30 anos de prisão, pena máxima a ser cumprida no Brasil.