Em menos de 48 horas, um mutirão de limpeza em Ceilândia recolheu mais de 160 toneladas de entulhos, restos de obras e inservíveis descartados irregularmente nas ruas. A ação, promovida esta semana pelo programa GDF Presente em parceria com a administração regional, faz parte do trabalho preventivo do Governo do Distrito Federal (GDF) ao período de chuvas na cidade.
O descarte irregular e frequente de lixo e entulhos em áreas públicas é um dos principais problemas enfrentados pelas equipes de limpeza do GDF. Nem mesmo placas proibitivas têm sido capazes de evitar que cidades sejam constantemente poluídas. O acúmulo de materiais e lixo é responsável por atrair ratos, baratas, escorpiões e pombos, bichos que colocam em risco a saúde dos moradores vizinhos a essas áreas.
Além da limpeza, as equipes do governo tapou buracos no asfalto em quadras do Setor O e promoveu a manutenção e recuperação de estradas rurais da região. O mutirão seguiu ao longo da semana atendendo diversos setores de Ceilândia.
Foram recuperadas a área de transbordo irregular na Via NM3, lateral da QNO 16, ainda no Setor O, e a estrada vicinal no núcleo Rural Boa Esperança; removidos entulhos na Via M1 Sul, na lateral da QNP 24, no Setor P Sul, no beco da QNM 09 conjunto H, e na EQNM 22/24, em Ceilândia Norte. Já a Operação Buraco Zero chegou, entre outros pontos, na EQNO 05/07 e 13/15, ainda no Setor O.
Educação e saúde
A limpeza da região administrativa é um dos cuidados do governo com a saúde e a qualidade de vida dos moradores, defende o administrador regional de Ceilândia, Marcelo Piauí. “Pedimos a compreensão da população para que nos informe as suas demandas e mantenham a limpeza”, reforça.
Porteiro em Águas Claras e morador de Ceilândia, Alberto Magno Formiga, 62 anos, percebe as mudanças provocadas em Ceilândia nos últimos dias. Sua casa fica próxima à estação de metrô. A área vive recebendo entulhos de obras descartados por carroceiros, atraindo pombos para as janelas do seu apartamento – e riscos de doenças.
Para ele, o trabalho de limpeza é “ótimo”, mas pouco respeitado pelos próprios moradores que só esperam os caminhões de limpeza saírem para logo sujar. “A administração regional está trabalhando muito bem, mas não adianta um sujeito limpar a casa dele, fazer obras, e jogar esse entulho em qualquer lugar. Se a gente não cuidar do que é nosso, que é onde a gente mora, esse lugar não vai ter valor”, defende.
*Com informações da Agência Brasília