No acumulado em 2020, o IPCA passou a registrar alta de 1,34%, e em 12 meses, de 3,14%, abaixo da meta central do governo para o ano, que é de 4%.
“A maior variação (2,28%) e o maior impacto (0,46 p.p.) no IPCA vieram do grupo alimentação e bebidas, que acelerou em relação ao resultado de agosto (0,78%), puxado principalmente por alimentos para consumo no domicílio (2,89%), com o aumento nos preços do óleo de soja (27,54%) e do arroz (17,98%), que já acumulam no ano altas de 51,30% e 40,69%. Juntos, arroz e óleo de soja tiveram impacto maior (0,16 p.p) que as carnes (0,12 p.p), cuja a variação foi de 4,53%”, destacou o IBGE.
Outros produtos que subiram na cesta das famílias foram o tomate (11,72%) e o leite longa vida (6,01%). Por outro lado, houve queda nos preços da cebola (-11,80%), da batata-inglesa (-6,30%), do alho (-4,54%) e das frutas (-1,59%).
Veja o resultado para cada um dos 9 grupos pesquisados pelo IBGE
- Alimentação e bebidas: 2,28%
- Habitação: 0,37%
- Artigos de residência: 1%
- Vestuário: 0,37%
- Transportes: 0,70%
- Saúde e cuidados pessoais: -0,64%
- Despesas pessoais: 0,09%
- Educação: -0,09%
- Comunicação: 0,15%
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Perspectivas e meta de inflação
Apesar da disparada nos alimentos nos últimos meses, a expectativa de inflação para este ano segue bem abaixo da meta central do governo, de 4%, e também do piso do sistema de metas, que é de 2,5% em 2020.
Os analistas das instituições financeiras projetam uma inflação de 2,12% em 2020, conforme a última pesquisa Focus do Banco Central.
A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic), atualmente em 2% – mínima histórica. O mercado segue prevendo manutenção da taxa básica de juros neste patamar até o fim deste ano, subindo para 2,5% no final de 2021.