O secretário de Educação do DF, Leandro Cruz, confirmou que o retorno às aulas presenciais na rede pública vai ocorrer apenas em 2021. O gestor deu a informação em live, nessa quarta-feira (30/9), na qual fez um balanço dos 100 dias de gestão à frente da pasta.
“Vamos garantir, também, para que, em 2021, quando retornarmos às aulas de forma presencial, a gente retorne com segurança. O novo normal que está aí vai permanecer: o ato de lavar as mãos, de higienizar as escolas, de ter uma rotina mais cuidadosa com a possibilidade de vírus e bactérias”, disse.
O titular da Secretaria de Educação do DF já tinha reconhecido, em outras ocasiões, que não havia previsão para o retorno dos alunos às escolas neste ano. Agora, confirma que as expectativas se voltam para o próximo ano.
O governador Ibaneis Rocha (MDB), em conjunto com os secretários de Educação e de Saúde, decidiu suspender, em 19 de agosto, a retomada das atividades nos centros de ensino por tempo indeterminado. As aulas presenciais estão suspensas desde março.
Aplicativo
O ano letivo de 2020 se estenderá até o dia 28 de janeiro de 2021. Segundo o secretário, o aplicativo Escola em Casa DF levou educação para a casa do estudante e não acarretou na proliferação da Covid-19.
“Muito pelo contrário: nossos estudantes e professores estão protegidos e nós temos condições de ofertar um ensino de qualidade”, afirmou.
Embora reconheça o dano pedagógico causado pelas dificuldades provocadas pela pandemia, Cruz assinalou que haverá política pública para recuperação. “Mas ninguém recupera uma vida perdida”, pontuou.
Em seu pronunciamento pelas redes sociais, o secretário reconheceu os esforços dos professores para prender a atenção do aluno no ensino mediado pela tecnologia. “Se já é difícil em sala de aula, imagine a distância”, comentou.
O secretário afirmou que a Vivo finalizou o cadastro na Secretaria de Economia do DF e a previsão é que a operadora se junte, em breve, à Claro e a TIM na oferta de internet gratuita para os estudantes e professores do DF. Eles podem acessar a plataforma Google Sala de Aula. Os custos serão do Governo do Distrito Federal (GDF).
Contratos
No balanço dos 100 dias à frente da Secretaria de Educação, Cruz destacou que houve “importantes avanços” na área da gestão, incluindo a revogação do pregão da terceirização da merenda escolar. Essa licitação é alvo de investigação do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e da Polícia Civil do DF (PCDF).
“Iniciamos a revisão de todos os processos de contratos, consórcios, convênios, concessões, parcerias público-privadas, estabelecendo uma forma rápida, desburocratizada, célere e extremamente criteriosa de gestão. Isso vai ter um impacto muito grande”, disse o gestor.
Confira, na íntegra, a live do secretário de Educação do DF:
https://www.instagram.com/tv/CFxxmBhjZdL/?igshid=fzbscmbwpivz
*Fonte: Metrópoles