O número de entradas ilegais na União Europeia (UE) recuou 14% entre janeiro e agosto, face ao mesmo período do ano passado, para os 60.800, segundo dados hoje divulgados pela Agência Europeia da Guarda de Fronteiras e Costeira, Frontex.
O recuo do número de entradas ilegais das fronteiras externas da UE nos primeiros oito meses do ano, face ao mesmo período de 2019, deve-se, de acordo com um comunicado de imprensa da agência, a uma quebra nas chegadas nas rotas do Mediterrâneo Oriental e Ocidental.
Em agosto, as entradas ilegais na UE recuaram 30%, face a julho, para cerca de 9.200.
No mês passado, a rota do Mediterrâneo Central representou mais de metade do tráfego de migrantes ilegais, 4.800, menos um terço do que em julho.
No entanto, nos primeiros oito meses do ano, esta rota foi usada por 20.556 pessoas, o triplo do mesmo período do ano passado, na sua maioria tunisinos (dois em cada cinco).
No Mediterrâneo Ocidental foram detectadas, entre janeiro e agosto, 8.137 pessoas, quase metade do que em 2019, e quase 1.600 detecções em agosto, menos 7% do que no mês anterior.
Nesta rota, dois terços dos migrantes eram de origem argelina, seguindo-se do Marrocos como segundo país de origem.
No Mediterrâneo Oriental, por seu lado, as autoridades contabilizaram 14.235 entradas entre janeiro e agosto, uma quebra de quase dois terços e no mês de agosto, foram detectadas cerca de 900 pessoas, em linha com o mês de julho.
Afeganistão, Síria e Turquia foram os principais países de origem.
Já nos Balcãs Ocidentais, nos primeiros oito meses do ano foram identificados 13.345, um crescimento de quase o dobro, mas uma quebra de 32% entre julho e agosto, para os 1.500 migrantes.
Mais de metade das pessoas identificadas nesta rota eram sírios, seguindo-se os afegãos.