Além de gerar reclamações entre os brasilienses, o alto preço da cesta básica no DF está preocupando também os donos de supermercados. O Sindicato dos Supermercados do DF (Sindsuper) emitiu nota, na tarde desta quarta-feira (9/9), manifestando preocupação com o cenário.
A alta dos valores da cesta básica também foi verificada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA/INPC), divulgado nesta quarta-feira (9/9) pelo Instituto Nacional de Geografia e Estatística (IBGE). O preço dos alimentos chegou a subir 24,39% entre julho e agosto, como foi o caso do tomate, produto com maior alta.
O arroz apresentou alta de 6,31% de um mês para o outro e tem sido um dos principais alvos de reclamação do brasiliense. Moradores da capital federal e Entorno dizem que o preço do arroz está chegando a R$30 em alguns supermercados.
O Sindsuper disse, em nota, que algumas práticas abusivas de preço vêm sendo praticadas gerando transtornos em toda a cadeia comercial e impulsionando a inflação. O sindicato aponta que a situação põe o país em alerta para um possível desabastecimento. “Os setores agrícolas com suas necessidade comerciais, incentivos fiscais a exportação que melhoram e muito a balança comercial brasileira deixaram o mercado interno em sinal de alerta com relação ao desabastecimento em um momento tão delicado de pandemia que passamos agora”, diz a nota.
O Ministério da Agricultura emitiu nota em que garante que o Brasil possui estoque para atender à demanda interna, mas grande parte do produto disponível encontra-se nas mãos de produtores que têm buscado preços mais competitivos no mercado externo. A pasta disse, ainda, que monitora a alta dos preços e que esse movimento ocorre por uma combinação de diversos fatores, como o aumento de demanda externa e do preço do dólar.
Nota do Sindsuper na íntegra
AUMENTO DOS PREÇOS DA CESTA BASICA
O SINDSUPER-Sindicato dos Supermercados do DF vem por intermédio desta manifestar grande preocupação no aumento de preços que vem acontecendo sistematicamente, repassados pelas indústrias e distribuidores, principalmente nos produtos da cesta básica como: arroz, feijão, óleo soja, carne e leite.
Os supermercados têm se esforçado e mantido os preços e abastecimento desde o início da pandemia, mas infelizmente alguma práticas abusivas de preço vem sendo praticados gerando transtornos em toda a cadeia comercial implementando a inflação.
De acordo com as agências comerciais, os setores agrícolas com suas necessidade comerciais, incentivos fiscais a exportação que melhoram e muita a balança comercial brasileira, deixaram o mercado interno em sinal de alerta com relação ao desabastecimento em um momento tão delicado de Pandemia que passamos agora.
Estamos cientes que a Secretaria Nacional do Consumidor e Ministério da Justiça e Segurança Pública já estão a par de toda a problemática sobre os reajustes de preços da cesta básica e já estão trabalhando junto a toda rede comercial de produção de alimentos para encontrar a melhor solução que não deixe os consumidores sem opção de compras e com preços abusivos.