Ceilândia continua na triste liderança de casos e óbitos pelo novo coronavírus no Distrito Federal. De acordo com dados da Secretaria de Saúde, a cidade chega a 20.218 contaminados pela Covid-19. Além disso, 479 pessoas perderam a vida por causa de complicações da doença.
Com 490 mil moradores, a cidade mais populosa do DF tem uma incidência de 4.555 infectados a cada 100 mil pessoas. A doença atinge 14% da população – a maior porcentagem entre todas as regiões administrativas da capital do país.
Para piorar a situação, de acordo com informações da pasta na manhã desta quarta-feira (2/9), a ocupação das unidades de terapia intensiva específicas para pacientes com Covid-19 era alta. No caso do Hospital Regional de Ceilândia, das 10 vagas, somente uma estava liberada. Na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) também só havia um leito vago entre os 20 disponíveis.
O hospital de campanha da cidade ainda não terminou. Segundo o GDF, a obra deve ficar pronta no fim de setembro, com custo de R$ 10,4 milhões.
Por outro lado, os números mostram que, proporcionalmente, houve uma queda nas infecções e mortes pelo novo coronavírus entre julho e agosto. No DF como um todo, agosto apresentou crescimento de 50,24% na quantidade de casos e 69,19% entre os óbitos. Em julho, os índices foram de 109,7% e 136,9%, respectivamente.
O mesmo ocorreu com Ceilândia: agostou apresentou aumento de 49,91% entre os infectados e de 51,78% entre os falecidos. Em julho, os números foram de 81,71% e 136%, respectivamente.
De acordo com os últimos dados da Secretaria de Saúde, a capital do país tem 163.498 casos confirmados de Covid-19, com 147.144 (90,0%) recuperados e 2.573 (1,6%) que evoluíram para óbito.
Fechamento
Em duas oportunidades, o governador Ibaneis Rocha (MDB) restringiu as atividades na cidade, a fim de conter a proliferação da Covid-19: em junho e julho.
De acordo com o próprio governo, o fechamento parcial das atividades por 72 horas em Ceilândia não surtiu o efeito esperado pelo Executivo distrital na luta contra o novo coronavírus na primeira vez. Segundo a Casa Civil do Distrito Federal, a medida não conseguiu sensibilizar os moradores da região.
Na segunda ocasião, após uma semana de atuação do GDF para fechar comércios não essenciais e com a cobrança do uso de máscara em Ceilândia, Sol Nascente e Pôr do Sol, o crescimento dos casos ficaram entre os menores da capital.