O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira (12/8) estar “muito bravo com a China”, porque o país não conseguiu interromper a “praga terrível” do coronavírus. A declaração foi dada durante entrevista coletiva, após ele ser questionado sobre se poderia acabar com a fase 1 do acordo comercial bilateral com o país asiático.
Trump não respondeu diretamente à questão, mas disse que os EUA conseguiram “dezenas de bilhões” de dólares da China com o pacto. Além disso, comentou que os fazendeiros estão muito felizes com esse acordo, que melhorou seus negócios.
Trump está tentando reagir na disputa presidencial americana e busca criar mídia para disputar espaço com as novidades dos Democratas.
E os Democratas?
Na primeira aparição ao lado de Joe Biden como candidata a vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris atacou a maneira como Donald Trump conduziu o governo durante a pandemia de coronavírus e disse que o país está “clamando por liderança”. Em um pequeno evento em Wilmington, no Estado de Delaware, onde Biden vive, os dois fizeram discursos com duras críticas a Trump e tentaram passar a imagem de que têm experiência para tirar os EUA da crise assim que tomarem posse, se eleitos em 3 novembro.
“Permita-me dizer, como alguém que apresentou argumentos perante um tribunal: o caso contra Donald Trump e Mike Pence está pronto para ser julgado. Basta ver aonde eles nos levaram”, disse Kamala, que foi procuradora pela cidade de São Francisco e pelo Estado da Califórnia, antes de ser eleita ao Senado, em 2016. A recessão econômica vivida pelos EUA e a crise de saúde, segundo Kamala, são resultado do “fracasso de Trump de levar a situação a sério desde o início”.