Causada pelo disparo de fogos da artifício em direção ao Supremo Tribunal Federal (STF) em junho, a troca de cargos na cúpula da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) chega ao fim com publicação no Diário Oficial (DODF) desta sexta-feira (17/7) da nomeação do coronel Marcelo Helberth de Souza (foto de destaque) como chefe de Estado-Maior do subcomando geral da corporação.
Ele foi chefe de departamento de Gestão de Pessoal e ocupava até a nova nomeação o cargo de chefe do departamento de Educação e Cultura. O substituto no cargo, também nomeado hoje, é o ex-subcomandante Sérgio Luiz Ferreira de Souza, exonerado no episódio dos fogos de artifício.
“Ele foi exonerado porque permitiu que manifestantes soltassem fogos de artifício em frente ao STF. A PMDF deve servir, no mínimo, para resguardar os cidadãos e as instituições da capital federal. Se não fez isso, errou grosseiramente”, afirmou na ocasião o governador Ibaneis Rocha à coluna Grande Angular, do Metrópoles.
Logo em seguida, Ibaneis nomeou o coronel Claudio Fernando Condi como novo subcomandante-geral da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF). Ele, até então, era chefe do Estado-Maior da PMDF, cargo considerado como de assessor principal do comandante-geral e que ficou vago até a nomeação desta sexta-feira (17/7).
Críticas
A exoneração do coronel Sérgio Luiz foi alvo à época de críticas de diversos setores da Polícia Militar. Por exemplo, da Associação dos Militares Estaduais do Brasil (AmeBrasil).
Em nota, a entidade afirmou que “policiais militares estão subordinados diretamente aos governadores dos estados e do Distrito Federal, nos termos da Constituição Federal”. O texto argumenta que o afastamento do comandante em exercício da PMDF “sugere que o governador desconheça que é o comandante das suas polícias”.
Da mesma forma, a Associação dos Oficiais da Polícia Militar do Distrito Federal (Asof) publicou nota lamentando a exoneração. A entidade tinha classificado como injusta a demissão após manifestantes lançarem fogos de artifício contra o prédio do STF.