Restaurante da 402 Sul montou um kit rodízio, individual, para evitar manuseio compartilhado de itens de rodízio | Foto: Secretaria de Saúde
Como parte do plano de abertura gradual dos serviços, bares, restaurantes e demais locais de alimentação com atendimento direto ao cliente serão reabertos a partir desta quarta-feira (15) no Distrito Federal. A Vigilância Sanitária disponibilizou nota técnica a ser observada pelos estabelecimentos que manipulem, comercializem ou forneçam alimentos, com o objetivo de combater a transmissão do novo coronavírus. As orientações são direcionadas para cuidados com local, funcionários, pedidos e clientes.
Ao todo são 67 orientações, duas delas em destaque – a não recomendação dos sistemas self-service e rodízio. Ambos têm alto potencial para transmissão da Covid-19, a doença causada pelo novo vírus, devido à emissão de aerossóis por pessoas contaminadas e assintomáticas. Há ainda um difícil controle da higienização adequada de mãos pelos clientes.
Nesses sistemas também há manipulação de materiais, por diversas pessoas, tanto para servir quanto na hora de troca de pratos e feitura de marmitas. O manuseio de pegadores, colheres e outros utensílios para servir-se também é risco considerável.
Para o gerente de alimentos André Godoy, a nota técnica traz a forma segura do chamado “novo normal” – realidade em que um mínimo de interação social se dá enquanto não há vacina ou tratamento eficazes contra a Covid-19. Infelizmente, segundo o profissional, a população terá que lidar com o vírus até que haja uma solução definitiva para a pandemia.
“São recomendações extremamente importantes que permitem a volta do comércio de forma gradativa. Estamos trazendo a forma mais segura, na nova vivência, em situações que ajudam na propagação do vírus. Por isso desaconselhamos o autosserviço e está proibido nos mercados. Mesmo com a luva, cria-se uma sensação de segurança. Mas, ao retirá-la, a pessoa pode contaminar-se. O uso do álcool em gel e lavar as mãos é o seguro”, afirma.
Estabelecimentos devem seguir as normas estabelecidas pelos órgãos sanitários | Foto: Secretaria de Saúde
No interior dos estabelecimentos, empresários devem dispor mesas com distanciamento mínimo de dois metros entre elas. Com isso, deve-se reduzir o número de mesas e fazer restrição de acesso de clientes de modo a manter o distanciamento social, especialmente em ambientes fechados.
Cardápios podem ser adaptados para acesso online pelo celular, com uso de QR Code. Já para os pagamentos, os locais deverão dar preferência ao recebimento das contas nas próprias mesas, bem como utilizar tecnologia de aproximação do cartão.
Além disso, deverão limitar o número de pessoas por mesa, de forma a manter o distanciamento social de dois metros entre as pessoas, marcando os lugares que não devem ser utilizados nas mesas a fim de proteger funcionários e clientes. Para não haver espera, devem priorizar acesso aos serviços com hora marcada, evitando aglomerações e, se possível, utilizar ao máximo as áreas externas para atendimento aos clientes. Sugere-se ainda que sejam utilizadas tecnologias de “fila por aplicativo”, evitando-se também o uso de buzzers ou pagers.
Toten de álcool em gel são uma das principais exigências para bares e restaurantes | Foto: Secretaria de Saúde
Clientes têm que utilizar máscaras durante a permanência no restaurante, exceto durante a refeição. As máscaras devem ser retiradas e recolocadas após a higienização das mãos, com toque restrito às cordas e laterais de ajuste.
Como o vírus se propaga por meio de contato físico – as gotículas contendo o vírus alcançam mucosas dos olhos, nariz e boca –, recomenda-se falar pouco e evitar tocar olhos, nariz e boca. Não é recomendável usar o telefone celular durante as refeições nos estabelecimentos.
* Com informações da Secretaria de Saúde/Agência Brasília