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Diagnosticado com a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) realizou na noite desta quinta-feira (9/7) a tradicional transmissão ao vivo nas redes sociais.
Seguindo orientações de autoridades sanitárias, como a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o próprio Ministério da Saúde, Bolsonaro segue distanciamento social e faz, pela primeira vez, a transmissão sem um intérprete de Linguagem Brasileira de Sinais (Libras) ao seu lado.
Na transmissão, Bolsonaro voltou a defender o uso da cloroquina, mesmo que o medicamento não tenha eficácia comprovada contra a Covid-19. “É um direito meu [tomar], devidamente orientado pelo médico. Recomendo que você faça a mesma coisa, caso sinta os sintomas, sempre orientado por um médico.”
“Deixo bem claro para vocês: eu tomei e deu certo e tô muito bem, graças a Deus. E aqueles que criticam pelo menos apresentem uma alternativa: ‘Ó, não dá certo a hidroxicloroquina, você tem que tomar ivermectina ou então toma annita, que é outro que tá muito comentado por aí que são eficazes no tratamento do coronavírus’. No meu caso, deu certo”, disse o presidente.
Apesar de ter citado a ivermectina como um dos medicamentos “eficazes” no combate à Covid-19, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu uma nota, nesta quinta, alertando sobre os riscos do uso de medicamentos que contêm a substância para o tratamento da doença.
Segundo a agência sanitária, “não existem, ainda, resultados conclusivos sobre a eficácia da ivermectina no combate à Covid-19”. O órgão ainda ressalta que a automedicação pode representar um grave risco à sua saúde.
“No caso da ivermectina, os principais problemas (eventos adversos) são: diarreia e náusea, astenia, dor abdominal, anorexia, constipação e vômitos; em relação ao sistema nervoso central, podem ocorrer tontura, sonolência, vertigem e tremor. As reações epidérmicas incluem prurido, erupções e urticária”, disse o órgão.
Saúde de Bolsonaro
No fim da tarde desta quinta, o Palácio do Planalto divulgou uma nota na qual afirma que o presidente evolui bem após o diagnóstico da doença sem intercorrência. “Ele apresenta boas condições de saúde e continua sendo acompanhado, conforme rotina, pela equipe médica da Presidência da República”, informou a Secretaria de Comunicação do governo.
Na última terça-feira (7/7), o presidente anunciou que seu exame para verificar se contraiu a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, deu positivo. Veja o exame, feito por uma unidade do laboratório Sabin, em Brasília, aqui.
Foi o quarto teste do chefe do Executivo para verificar se está com a doença — os outros três haviam dado negativo.
A diferença desse dos demais é que, no exame divulgado nesta terça, consta o nome do próprio presidente Bolsonaro. Nas ocasiões passadas, quando submetido aos exames, Bolsonaro optou por omitir o nome para, segundo ele, preservar sua identidade e segurança.
Ao anunciar a notícia sobre o diagnóstico, Bolsonaro voltou a minimizar os riscos que o vírus representa e disse que estava se sentindo “perfeitamente bem”.
Bolsonaro tem 65 anos e faz parte da faixa etária considerada por especialistas como grupo de risco da Covid-19.