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A Polícia Civil do Distrito Federal, por meio da Coordenação Especial de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (CECOR), desencadeou na manhã de hoje, 03/07/2020, a 5a fase da “Operação Panoptes” que investiga fraudes a concursos públicos realizados no Distrito Federal. Foi dado cumprimento a 04 (quatro) mandados de prisão, sendo uma preventiva e três temporárias, e 3 (três) mandados de busca e apreensão expedidos pela Vara Criminal de Águas Claras.
Os alvos dessa fase da operação são: um dos membros da organização criminosa responsável por aliciar candidatos, o qual se encontrava cumprindo prisão temporária pela fraude ao concurso da Secretaria de Educação do Distrito Federal desde a deflagração da “Operação Magister”, em 23/06/2020, e teve sua prisão temporária convertida em preventiva; sua irmã, suspeita de tentar fraudar o concurso do Superior Tribunal de Justiça realizado em 2015; um técnico judiciário do Ministério Público da União, suspeito de fraudar o seu concurso, realizado também no ano de 2015; e mais uma monitora da Secretaria de Educação do Distrito Federal, que, ao exemplo dos dois monitores presos na semana passada na “Operação Magister”, também é suspeita de ter fraudado o concurso. A ação de hoje ocorreu na Asa Norte e em Santa Maria.
Ao longo das cinco fases da “Operação Panoptes”, voltada a combater a “máfia dos concursos”, os nove principais integrantes do grupo criminoso foram presos e condenados pelos crimes de participação em organização criminosa, fraude a certames de interesse público e uso de documento falso; 25 (vinte e cinco) pessoas foram indiciadas por envolvimento na fraude ao concurso do STJ de 2015; 20 (vinte) pessoas foram indiciadas por participarem da fraude ao concurso da Secretaria de Educação do Distrito Federal de 2016; e diversos servidores foram presos por suspeita de fraudes a seus concursos, entre os quais da ANTAQ, do MPU e da Secretaria de Saúde do Distrito Federal.
As investigações, levadas pela Divisão de Repressão ao Crime Organizado (DRACO/CECO), se voltam agora precisamente a servidores que fraudaram ou tentaram fraudar seus concursos, havendo novas fases na iminência de serem deflagradas para que sejam presos e afastados de seus cargos.