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O Distrito Federal é a região do país que mais testa pacientes para detectar a presença do novo coronavírus, segundo a Secretaria de Saúde. Já foram 245 mil brasilienses testados desde o dia 21 de abril.
De acordo com o secretário-adjunto de Assistência à Saúde, Ricardo Tavares, nenhum estado brasileiro fez tantos testes, e o número é maior que o de muitos países. Além da testagem rápida, a SES já aplicou mais de 25 mil exames do tipo RT-PCR (o swab nasal) em pacientes que, com sintomas da doença, buscaram uma Unidade Básica de Saúde (USB) ou hospital.
Por isso, o GDF afirma que já esperava o atual número de infectados pela covid-19. Os testes permitiram um reconhecimento real da situação do Distrito Federal e servem de base para que o governo tome as decisões de enfrentamento ao avanço do novo coronavírus.
“Já era previsto termos um aumento da incidência de casos no mês de junho, e o nosso pico da doença deve ser no mês de julho”, salienta o secretário-adjunto. O chamado pico deve ocorrer na primeira quinzena do mês que vem
Atualmente, o DF tem mais de 19.474 infectados pela covid-19. Destes, 5.652 (33,5%) foram diagnosticados por testes rápidos.
Drive-thru
Para se ter uma ideia do avanço da testagem da população, na primeira semana de drive-thru, iniciada no dia 21 de abril, 14.401 testes foram realizados e 130 deles deram positivo. O número de exames feitos na sexta semana, entre 25 e 29 de maio, subiu para 26.352, e 1.321 acusaram a doença.
Outros dados
O secretário-adjunto de Assistência à Saúde ressalta: mais importante do que analisar os dados absolutos da Covid-19 é levar em consideração outros dados, como a taxa de ocupação de leitos de UTI, que atualmente está em 55,88%; o índice de letalidade da doença e a quantidade de pessoas recuperadas, que passa de 11 mil.
“Todos esses dados são muito importantes e estão em monitoramento contínuo – o número de infectados, a ocupação das UTIs exclusivas para Covid-19, dos leitos de enfermaria exclusivos –, para a gente avaliar se o aumento do número de casos está caminhando junto com a capacidade hospitalar”, explica. “Estamos na ascendência da curva, e isso já era previsto.”
Os primeiros estudos mostravam uma previsão para que o pico da doença fosse em abril, mas o GDF conseguiu achatar a curva de contaminação e frear o aumento dos casos, com as medidas de isolamento social e fechamento do comércio, enquanto ampliava a capacidade da rede hospitalar. “Agora, mais do que nunca, vem a parte da população: seguir as orientações que estão sendo passadas”, pontua Ricardo Tavares. “Não adianta só o governo fazer a parte dele”, afirma o médico.
*Com informações da Agência Brasília