terça-feira, 23/09/25
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Médico do DF acusado de desviar respiradores foi investigado na Máfia das Próteses

Reprodução

 

Um dos principais alvos da Operação In Rem Suam da Polícia Civil do Distrito Federal, deflagrada nesta quarta-feira (03/06), e que apura suposto desvio de equipamentos de hospitais públicos do DF, especialmente respiradores, é o médico que já esteve na mira da PCDF. Fabiano Duarte Dutra (foto em destaque), que atualmente está lotado como diretor de Atenção à Saúde do Instituto de Gestão Estratégica do Distrito Federal (Iges-DF), já chegou a ser preso acusado de envolvimento em outro esquema: da Máfia das Próteses.

Desta vez, investigadores miram um grupo responsável pelo desvio de materiais na rede pública que seria seria liderado pelo médico. Fabiano Duarte Dutra é traumatologista e ortopedista e trabalhou na Medicina Cirúrgica do Hospital de Base do DF. Foi nomeado diretor do Hospital Regional de Santa Maria em março do ano passado. Antes, chegou a ser preso preventivamente por suposto envolvimento na Máfia das Próteses. Em agosto de 2017, acabou inocentado por falta de provas, pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT). Contudo, o Ministério Público apelou da absolvição e o processo continua tramitando.

As investigações desta quarta-feira (03/06), conduzidas pela Divisão de Combate ao Crime Organizado (Draco), da Coordenação Especial de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Cecor), e que tem o apoio do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT), apontam para a possível atuação do servidor no esquema de desvio de materiais em meio à pandemia de coronavírus.

Ele teria se aproveitado da crise e de contratações emergenciais para desviar materiais, principalmente respiradores, e posteriormente revendê-los tanto a particulares quanto ao próprio Governo do Distrito Federal, por meio de empresa acusada de participar do esquema.

Ao todo, foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão no DF, com a participação de 50 policiais civis, a fim de averiguar os desvios de materiais. Os alvos são as casas do médico, o próprio Iges-DF e a empresa investigada, uma importadora de produtos hospitalares situada no Setor de Indústrias e Abastecimento (SIA), bem como seus sócios.

Até o momento, a suspeita é da prática dos crimes de peculato e advocacia administrativa.

Iges e Saúde

Em nota, o Iges e a Secretaria de Saúde informaram que estão colaborando com as autoridades nesta quarta-feira (03/06).

“O Iges-DF reforça que a gestão é pautada pela transparência, não tolera irregularidades e todos os dados necessários serão repassados à equipe que conduz a operação. Ressalta, ainda, que não adquiriu insumos ou equipamentos com as empresas investigadas”, acrescentou o instituto.

O nome dado à operação — In Rem Suam — vem do latim e significa: “mandato em causa própria”.

Fabiano Duarte Dutra prestou depoimento na manhã desta quarta-feira. Logo em seguida, foi liberado. Segundo Cleber Lopes, advogado de defesa do médico, “não houve absolutamente nenhum desvio de conduta”.

*As informações são do Metrópoles

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