O Distrito Federal tem 31 policiais civis com o novo coronavírus, dos quais cinco são delegados. No total, há 13 delegados da Polícia Civil do DF (PCDF) de atestado com sintomas de gripe ou com a Covid-19.
A corporação afastou 572 servidores por suspeita da doença e monitora um total de 824 funcionários públicos.
Os dados são de terça-feira (19/05) e foram obtidos nessa quarta-feira (20/05) pelo presidente da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Judiciária (ADPJ) e do Sindicato dos Delegados de Polícia do DF (Sindepo), Rafael Sampaio.
Para evitar aglomerações e diminuir o risco de contágio, chefes das delegacias têm optado pelo rodízio das equipes em turnos diferentes, de acordo com o presidente da ADPJ e do Sindepo.
“Há um certo temor de colapso do sistema. A informação que tenho é de que as delegacias próximas ao Entorno do DF mantiveram o volume de atendimento. As delegacias têm fluxo grande de pessoas. E como são coisas urgentes, as pessoas vão doentes”, destacou.
No início dessa semana, o Sindicato dos Policiais Civis do DF (Sinpol-DF) pediu a classificação dos casos de coronavírus como acidente de trabalho. Um dos objetivos da medida, se acatada, é garantir que a família da vítima receba pensão integral em caso de óbito.
Sampaio disse à coluna que concorda com essa reivindicação. “É importante que haja sensibilização. A gente está enfrentando uma guerra, por mais que o estado forneça materiais”, frisou.
A PCDF informou, em abril, que as delegacias passariam por higienização a cada 15 dias, independentemente da limpeza diária tradicional. Diante da dificuldade de adquirir álcool em gel, o Instituto de Criminalística (IC) produz substância correlata ao produto.
Há mais casos de infectados na segurança pública do DF. A Polícia Militar do DF (PMDF) tinha 32 contaminados até segunda-feira (18/05). As estatísticas ainda apontam para outros 14 PMs que se curaram, além de uma morte – a do sargento Romildo Pereira, 50 anos, ocorrida na tarde de 2 de abril.