FOTO: HUGO BARRETO/REPRODUÇÃO
Foi publicado, nesta segunda-feira (13/04), uma portaria da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) que autoriza profissionais da rede de saúde da capital a utilizarem o medicamento cloroquina no tratamento de pacientes diagnosticados com Covid-19, no caso de hospitalizados que estejam em estado grave e crítico.
A norma foi publicado um dia após o Metrópoles divulgar o interesse do Instituto de Gestão Estratégica da Saúde (Iges-DF) em ministrar doses do remédio aos infectados mais debilitados pelo novo coronavírus.
400 pacientes
A expectativa do Iges é que pelo menos 400 pacientes infectados pelo novo coronavírus possam usar a medicação. O instituto havia submetido à análise da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) um protocolo de pesquisa “inovador para estudo de tratamento para Covid-19 chamado AGES-COVID-HCQ”.
À reportagem, o Iges-DF destacou que a iniciativa “está alinhada com recomendação do Ministério da Saúde que reforça a necessidade de avaliar o real benefício da hidroxicloroquina isolada ou em associação, uma vez que não existe, até o momento, evidência de qualidade sobre seu benefício real para pacientes”.
Na determinação publicada nesta segunda, o secretário de Saúde do DF, Francisco Araújo, afirma que a cloroquina será disponibilizada no formato de 150 mg.
Ainda segundo a determinação, os hospitais com infectados deverão computar a saída da droga de maneira individualizada por paciente. A medida passa a valer a partir da publicação do ato.
O uso do remédio no tratamento não é consenso no mundo e divide especialistas. Há, inclusive, 65 estudos científicos que investigam os efeitos da cloroquina.
18 pacientes
Embora ainda guarde resultados mais precisos de análises sobre o medicamento, a Secretaria de Saúde também tem administrado o fármaco em terapias paralelas, principalmente em quadros considerados graves.
Documento obtido com exclusividade pelo Metrópoles, datado de 6 de abril, revela que a pasta tem conhecimento de 18 casos em que o medicamento com efeitos controversos tem sido aplicado “como suporte” em pacientes hospitalizados, “mas sem que outras medidas sejam dispensadas”.
Fonte: Metrópoles