Os shoppings do Distrito Federal vão fechar as portas a partir desta quinta-feira (19/03). O decreto, publicado em edição extra do Diário Oficial do Distrito Federal (DODF), incluiu o “atendimento ao público em shoppings centers, feiras populares e clubes recreativos”.
Também ficarão fechados no DF, Zoológico, parques ecológicos, recreativos, urbanos, vivenciais e afins, além de boates e casas noturnas. A medida deve durar por 15 dias.
A decisão foi anunciada antes mesmo do fim da reunião entre diretores do Sindicato do Comércio Varejista do DF (Sindivarejista)e do Sindicato dos Empregados do Comércio (Sindicom), realizada na tarde desta quarta-feira (18/03).
Para o presidente do Sindivarejista, Edson de Castro, não tem como manter os estabelecimentos abertos. “O prejuízo será grande, mas tem que manter a saúde. Belo Horizonte fechou, São Paulo também“, comparou.
Um dia antes do decreto, o governador criticou o anúncio de que os shoppings apenas teriam os horários reduzidos. “Se estivessem pensando realmente na população do DF, não abririam. Na prática, essa decisão não vai ajudar em nada. Pelo contrário: está incentivando a população a visitar esses locais em número mais expressivo, já que o horário agora passa a ser reduzido”, disse Ibaneis Rocha (MDB).
A medida será adotada a fim de preservar a saúde dos trabalhadores, donos de lojas e consumidores, considerando a pandemia do coronavírus, que já matou mais de 4 mil pessoas em diversos países.
No DF, já são 34 casos confirmados da doença, sendo cinco de transmissão local, segundo informações da Secretaria de Saúde. Atualmente, a pasta investiga 191 suspeitas da doença, outras 94 foram descartadas.
“A medida conta a partir de agora. O governador assinou a portaria com o decreto que anuncia o fechamento do Zoológico, parques recreativos, bares e casas noturnas e shoppings centers. Tudo entra em vigor a partir de agora”, afirmou o secretário adjunto de Assistência à Saúde, Ricardo Tavares.
O secretário de Saúde do Distrito Federal, Francisco Araújo, afirmou que o “bem mais precioso a ser defendido agora é a vida das pessoas”. Ele ressaltou que, neste momento, a maior arma que há é a informação. “Há a necessidade de as pessoas se manterem afastadas, terem consciência”, completou o chefe da pasta.
(Metrópoles)