Em uma situação atípica, o Ministério da Saúde, em conjunto com a Secretaria de Saúde de São Paulo, estuda uma infecção assintomática por Covid-19 (novo coronavírus) de uma adolescente de 13 anos. Ela retornou da Itália, nesse domingo (01/03), e passou por exames laboratoriais.
Segundo o ministério, um portador assintomático não cumpre a definição de caso, o que incluiria febre associado a mais um sintoma respiratório. Portanto, esse não será somado aos três casos confirmados do novo coronavírus.
A jovem foi atendida no Hospital Beneficiência Portuguesa, na terça-feira (03/03), onde coletaram a amostra que foi encaminhada ao Laboratório Fleury. O resultado do exame foi positivo. A contraprova foi realizada pelo Instituto Adolfo Lutz (IAL).
Nessa terça-feira (04/03), o IAL realizou e comprovou o resultado do laboratório particular. Todos os laboratórios públicos ou privados que identificarem casos confirmados pela primeira vez devem passar por validação de um dos três laboratórios de referência nacional.
Após a validação da qualidade, o laboratório passa a ser considerado parte da Rede Nacional de Alerta e Resposta às Emergências em Saúde Pública, como o caso do Fleury.
“Em saúde pública, critérios de definição de casos suspeitos e confirmados não podem, nem devem, ser confundidos com critérios de inclusão que se utiliza em projetos de pesquisa”, afirma o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Wanderson de Oliveira.
“Critérios de definição são utilizados para uniformizar as ações de vigilância, utilizar adequadamente os recursos laboratoriais, obter informações que colaborem, por exemplo, com a estruturação da rede de assistência e com adoção de medidas de prevenção e controle exequíveis”, completa.
Embora a notificação não cumpra as definições para vigilância em saúde, a adolescente e seus contatos serão monitorados.
(Metrópoles)