Liliane Santi*
Agentes alienantes têm coragem de deixar o filho na creche após o horário só porque era dia do outro genitor ir buscar a criança, mas não pode por causa de uma enchente causada pela chuva.
Na mensagem enviada a mãe da criança disse: “- Por mim o SEU filho ficará na creche até amanhã. Ele que chore, grite, morra de medo. Vou explicar certinho pra ele que era o SEU dia e você não foi. Olha, estou te avisando: EU NÃO VOU BUSCÁ-LO. Tá ciente?”
O pai ligou para escola que se negou via fone a permitir que a mãe dele fosse retirar a criança que saía às 17 horas. Ele foi até uma delegacia de polícia e pediu para um policial ligar na instituição e afirmar que os documentos dele foram verificados e que se tratava mesmo do pai do menor. A avó PATERNA só conseguiu chegar na creche às 19 horas e o menor dormiu com ela, porque o pai estava “ilhado” em outro bairro.
Posturas radicais, irracionais, inflexivas, vingativas, etc., sempre vão prejudicar em primeiro lugar a criança. O genitor passou estresse, mas o menino sofreu com a sensação de abandono. O adulto estava ciente das impossibilidades de chegar até o filho, mas o menor, não.
Custava a mãe compreender as dificuldades impostas pela chuva? Não, ela não compreendeu, pelo contrário, fez um Boletim de ocorrência onde lê-se que: “O genitor deixou o menor pernoitar com terceiros sem anuência materna…….”