O PROS, Partido Republicano da Ordem Social, está sendo investigado por superfaturamento. Parte do dinheiro desviado teria vindo do fundo de campanha. Ou seja, do bolso do contribuinte. Enquanto isso, o PROS tem helicóptero à disposição e na sede em Brasília foi encontrada até banheira de hidromassagem no gabinete do presidente do partido. (Foto: Reprodução/TV Globo)
“Quando o bandido é burro, a polícia consegue trabalhar muito mais rapidamente. Pelo menos duas empresas serviram apenas para emitir nota para o partido político”, diz o delegado Cristiomário Medeiros, da Polícia Civil de Goiás, que investigou o PROS, Partido Republicano da Ordem Social, por lavagem de dinheiro público. “Eu descobri as empresas laranja que ele criou em cima de funcionários do PROS para lavar o dinheiro”, destaca Edmilson Santana, secretário nacional do PROS.
“Ele” é Eurípedes Júnior, dirigente do PROS. Investigado pelo TRE do Distrito Federal, pela Polícia Federal e Ministério Público por crime eleitoral com o dinheiro público que os partidos recebem da União. As empresas fantasmas são só um detalhe na artimanha.
Candidatos do PROS dizem que o partido lançou na prestação de contas das campanhas um dinheiro que nunca receberam.
“São 37 vítimas de superfaturamento, de contas infladas, dez vezes mais do que as pessoas receberam, às vezes 20 vezes mais”, diz o advogado de ex-candidatos Erivelto Forlan. Inclusive, o advogado também se diz vítima do partido — ele foi candidato pelo PROS em 2018.
Eurípedes Júnior anda de helicóptero e tem no gabinete dele uma banheira de hidromassagem.