RENATO ALVES / AGÊNCIA BRASÍLIA
O governador Ibaneis Rocha (MDB) quer monitorar, em tempo real, os carros cadastrados em aplicativos de mobilidade e ainda proibir o pagamento em dinheiro nas corridas. A ideia é coibir ocorrências de assaltos – e até de homicídio – registradas contra motoristas de Uber, Cabify e 99 no Distrito Federal nos últimos dias. Só neste ano, quatro condutores foram mortos após assalto.
As medidas integram um novo texto a ser analisado pela Câmara Legislativa (CLDF) e será substitutivo a um já existente, de autoria do distrital Daniel Donizet (PSDB).
O anúncio foi feito durante reunião, nesta segunda-feira (10/02/2020), com representantes do segmento e o titular do Palácio do Buriti. “Quanto mais vocês estiverem em segurança, mais segurança terão os passageiros, os turistas. Sempre que estiverem envolvidas vidas, o governo vai tratar [do assunto] com muito cuidado e preocupação”, afirmou o emedebista.
De acordo com o chefe do Executivo, o texto será tratado com urgência para análise do deputados distritais. “Vamos pedir para nossa base incluir o tema no colégio de líderes ainda nesta segunda-feira, isso para conseguirmos emplacar o mais rápido possível esse substitutivo na pauta de votações”, reforçou.
A ideia, segundo Ibaneis, é que os veículos cadastrados tenham as corridas monitoradas e o material seja compartilhado com a Secretaria de Segurança Pública (SSP). “Elas instalam a central e a gente faz a triagem. Vamos tratar isto como prioridade”, explicou o secretário de Segurança, Anderson Torres.
Sobre a proibição de pagamento em dinheiro, Ibaneis justificou tratar-se de um dos principais atrativos para a atuação de criminosos. À época da regulamentação dos transportes por aplicativos, o então governador Rodrigo Rollemberg (PSB) tentou excluir o pagamento à vista, mas legislação federal obriga que todo os serviços regulamentados no país são obrigados a aceitarem a moeda oficial brasileira.