A Agência Nacional de Energia Elétrica anunciou nesta terça-feira (22) que os valores cobrados das bandeiras tarifárias não serão mais arredondados. O valor da bandeira amarela vai diminuir, e o da bandeira vermelha irá aumentar.
No caso da bandeira amarela, o valor cai de R$ 1,50 por 100 quilowatts-hora consumidos, para R$ 1,34. Já a bandeira vermelha patamar 1 aumentará de R$ 4 por 100 quilowatts-hora consumidos para R$ 4,16. A bandeira vermelha patamar 2 sobe de R$ 6 para R$ 6,24.
O arredondamento era uma forma de simplificar o entendimento da cobrança, mas levou os consumidores a pagarem R$ 20 milhões a mais só este ano.
Segundo a Agência, no entanto, não haverá prejuízo – já que esse valor será deduzido de futuros reajustes. Entre outros fatores, a Aneel considera o volume de água disponível nos reservatórios das hidrelétricas na hora de definir a bandeira que vai vigorar nas contas de luz.
O meteorologista da Somar Meteorologia, Paulo Etchichury, explica que a chuva do mês de outubro não foi suficiente para garantir a condição ideal do sistema.
“Neste momento nós temos uma condição bastante crítica de apenas 60% da energia natural a frente sobre o Sudeste e 40% no Sul. Isso significa que estamos gastando mais do que está entrando. Diante desse quadro e considerando que aumenta o consumo para novembro, é muito provável que venha bandeira vermelha em novembro.”
A Aneel aprovou a abertura de uma consulta pública para discutir a mudança nas bandeiras tarifárias, mas os novos valores vão valer já a partir de novembro.
*Com informações da repórter Lívia Fernanda