Exonerada do comando da Polícia Militar, a ex-comandante da corporação, coronel Sheyla Sampaio, formalizou o pedido para a reserva remunerada no mesmo dia em que saiu do cargo. A oficial encaminhou o requerimento ao Departamento de Gestão de Pessoal (DGI) e ainda na terça-feira (6/8) o documento foi assinado. Somente após a publicação em Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) ela se apresenta a Diretoria de Inativos, Pensionistas e Civis (DIPC) da PM.
Sheyla não quis se posicionar sobre o assunto nem repercutir a exoneração. Ao Correio, se limitou a dizer que “nada do que for falado ou esclarecido mudará a situação atual.” Também ressaltou que pretende se dedicar a família. “Da qual fiquei ausente por esses meses”, destacou.
A exoneração da coronel foi publicada em edição extra do Diário Oficial do DF na terça-feira, assim como a demissão do chefe da Casa Militar, tenente-coronel Marcus Paulo Koboldt. Entre as razões para tirar a coronel do comando, o governador Ibaneis Rocha (MDB) citou a perda de autoridade dela e as dificuldades para comandar a tropa.
Além disso, um dos principais motivos para a saída de Sheyla tem relação com o projeto de transformar o Centro Médico da PM em um Hospital da Segurança Pública. À frente da PM, Sheyla se mostrou contrária a decisão de fazer da policínica da PM um hospital para atendimento médico de todas as forças policiais: militares, civis e integrantes do Corpo de Bombeiros do DF.
Em junho, Ibaneis decidiu delegar à Secretaria de Segurança Pública do DF as providências para a implantação da unidade de saúde, o que gerou questionamentos da coronel, que seguiu o que pensa a maioria dos integrantes da força.
Enquanto integrante do governo, a postura da coronel gerou insatisfação do secretário de Segurança Pública, Anderson Torres. “Houve uma questão de desalinho. Não acho a Sheyla uma má pessoa ou vejo faltas graves por parte dela. O governador entendeu que era hora de mudar e fez a mudança”, justificou o chefe da pasta.