O diretor de Prospecção e Formatação de Novos Empreendimentos da Companhia Imobiliária de Brasília), José Humberto Matias de Paula, está entre as sete pessoas indiciadas esta semana pela Polícia Federal (PF) por falsidade ideológica, fraude processual e formação de quadrilha, devido à suposta fraude na demarcação de um terreno público em Vicente Pires.
Além dele, também está na lista a ex-deputada distrital Lúcia Carvalho, filiada ao PT-DF, que, até anteontem, ocupava a chefia da Superintendência de Patrimônio da União no DF (SPU). Ela teve a exoneração publicada ontem no Diário Oficial da União (DOU), além do chefe da Divisão de Identificação e Fiscalização do órgão no DF, João Macedo Prado.
Petista histórica na capital federal, a ex-parlamentar estava na SPU desde 2007, por indicação do deputado federal e atual secretário de Habitação, Geraldo Magela (PT). Até abril deste ano, recebia pagamento por jeton (valor quitado a cada reunião realizada) por ser integrante do Conselho de Planejamento Territorial e Urbano do Distrito Federal (Conplan), presidido por Magela. Tanto a defesa de Lúcia Carvalho quanto a direção da Terracap consideram que o indiciamento foi indevido e que não houve um “esquema fraudulento” e, sim, divergências técnicas na medição do terreno.
De acordo com as investigações feitas pela Polícia Federal desde o ano passado, os indiciados teriam participado da fraude com o objetivo de favorecer uma grande construtora com sede em São Paulo e que atua no Distrito Federal. Os lucros podem chegar a R$ 300 milhões.
(foto: ex-deputada Lucia Carvalho exonerada da SPU-DF)