Vítima foi assassinada em janeiro do ano passado e encontrada em um carro. Pena dos réus varia de 15 a 21 anos de prisão em regime fechado; eles não vão poder recorrer em liberdade.
A ex-mulher e o filho do analista de empréstimo da Poupex James de Castro Henriques, assassinado em janeiro do ano passado, foram condenados pelo Tribunal do Júri de Ceilândia nesta quinta-feira (17) por homicídio. O namorado da mulher foi apontado como principal responsável – quem teria efetivamente matado a vítima.
A condenação dos três foi por homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e por uso de recurso que dificultou ou tornou impossível a defesa da vítima, destruição de cadáver e fraude processual. Como o crime é hediondo, eles não vão poder recorrer em liberdade. O G1 não conseguiu contato com a defesa do trio.
A ex-mulher, que segundo o Tribunal de Justiça do DF tem mais de uma condenação penal, recebeu pena de 21 anos e 5 meses de prisão pela participação no homicídio, na destruição de cadáver e na fraude processual. O namorado foi condenado a 15 anos e 6 meses pelos mesmos crimes.
Já o filho ficou pena definida em 16 anos de prisão pela participação no assassinato. O juiz determinou para os três que a pena seja cumprida em regime fechado e negou o direito dos réus de recorrer em liberdade.
Segundo o Tribunal de Justiça, durante o julgamento, as defesas negaram que os réus tivessem praticado o crime, alegaram insuficiência de provas, legítima defesa e ausência de qualificadoras – circunstâncias comprovadas que podem agravar ou atenuar a pena.
Segundo os autos
No dia 12 de janeiro de 2012, no período da tarde, James de Castro Henriques foi chamado pelo filho para ir até a casa onde morava com a mãe, em Ceilândia. No local, a vítima foi atacada de forma “inesperada” pela ex-mulher e o namorado dela “mediante golpe de instrumento contundente”.
No dia seguinte, a ex-mulher e o namorado colocaram o corpo da vítima dentro de um carro e o levaram até Samambaia, onde atearam fogo ao veículo para ocultar o crime. De volta à casa, os dois limparam as marcas de sangue e outros possíveis vestígios do homicídio.
De acordo com a Justiça, a motivação do crime foi a obtenção de vantagens financeiras com o seguro de vida de Henriques, porque a ex-mulher e filho eram beneficiários de seguro de vida dele. A vítima também tinha investimentos em previdência privada, que seriam recolhidos pela família.