Vítima foi detida em 2013 por suspeita de ter invadido chácara de sargento. Acusados foram presos preventivamente após ficarem 10 dias foragidos.
Os dois chegaram ao fórum de Planaltina em um carro da polícia, sem algemas. Eles foram presos preventivamente em março, depois de ficarem dez dias foragidos.
A prisão preventiva é decretada quando a Justiça entende que há risco de os suspeitos atrapalharem as investigações, coagindo testemunhas, por exemplo. Além dos dois réus, a mãe de Antônio Araújo também foi ouvida.
A Secretaria de Segurança Pública do DF só esclareceu o caso no ano passado, dois anos e dois meses depois de o crime ter sido cometido. As ossadas da vítima foram encontradas em um matagal da região.
Relembre o caso
Antônio de Araújo foi detido em 27 de maio de 2013 por seis militares, suspeito de invasão à chácara de um sargento. Levado à 31ª DP, em Planaltina, ele nunca mais foi visto com vida. A ossada dele foi encontrada cinco meses depois.
O auxiliar de serviços gerais tinha 32 anos na época. Com 13 irmãos, ele morava sozinho, não tinha filhos, não era casado e não tinha namorada. O caso era investigado desde então pela Polícia Civil, que disse que não se manifestaria a respeito porque o processo corre em segredo de Justiça. A Polícia Militar informou que a corregedoria também apurou a conduta dos envolvidos, mas não informou o que já foi concluído.
Conforme laudo do Instituto Médico Legal, Araújo morreu entre 27 de maio de 2013 e 9 de outubro de 2013. O período compreende o dia do desaparecimento de Araújo e o dia em que os restos mortais dele foram encontrados. O documento aponta que ele teve quatro costelas quebradas e sofreu hemorragia antes de morrer.