
Miguel Lucena*
Eles são bonitos, sorridentes, aparentemente bem-sucedidos, exibem dentes de porcelana, corpos plastificados e uma vida de luxo cuidadosamente encenada nas redes sociais. Vendem a ilusão de dinheiro fácil, prometem ganhos rápidos e usam depoimentos fabricados para convencer incautos. Na prática, funcionam como iscas: atraem você para plataformas obscuras, enquanto o dinheiro escorre direto para os bolsos dos verdadeiros tubarões.
Não se trata de ingenuidade tecnológica, mas de uma velha fraude com roupagem moderna. O jogo é sempre o mesmo: você perde, eles ganham — e ainda exibem carros, viagens e mansões financiadas pelo prejuízo alheio. Quando o golpe aparece, o influenciador some ou posa de vítima do “sistema”.
Desconfie. Dinheiro fácil quase sempre é armadilha. Como já alertava o velho seriado Carga Pesada: “É cilada, Bino!”
*Miguel Lucena – Delegado aposentado da PCDF, advogado e jornalista


