O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) cumpre pena de 27 anos e 3 meses pela condenação por liderar a trama golpista para se manter no poder

Uma movimentação atípica agitou, nesta quinta-feira (11/12), a frente da Superintendência da Polícia Federal (PF) em Brasília (DF), onde o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) cumpre pena de 27 anos e 3 meses de prisão por liderar a trama golpista para se manter no poder. Havia expectativa de que Bolsonaro fosse autorizado a deixar a PF para o Hospital DF Star, em Brasília (DF), que não foi confirmada.
No começo da tarde, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a Polícia Federal realize uma perícia médica para comprovar a necessidade de procedimentos cirúrgicos em Bolsonaro no Hospital DF Star, após pedido da defesa. Os advogados pediram, ainda, que o ex-presidente seja transferido para prisão domiciliar humanitária.
O cardiologista Brasil Ramos Caiado, que faz parte da equipe médica do ex-presidente Jair Bolsonaro, também foi à Superintendência da PF para consultar o ex-presidente na cela em que ele cumpre pena.
No início da manhã, o deputado federal Paulo Bilynskyj (PL-SP), presidente da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara dos Deputados, disse que havia cancelado a inspeção na cela em que está Bolsonaro. Às 10h25, no entanto, Bilynskyj chegou à PF para inspecionar a cela do ex-presidente.
A visita estava autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes para esta quinta.
“Quando o ministro autorizou a visita para a fiscalização das condições de prisão do presidente, ele designou para quinta-feira no mesmo horário. Ou seja, ele retirou a visita que o presidente teria da família para que fosse feita a fiscalização”, explicou o deputado.
O parlamentar acrescentou que “a comissão não iria realizar a fiscalização porque não é uma visita, não é para ocupar o tempo da família”. Logo depois, Bilynskyj mudou de ideia e foi à PF.
“Então, foi uma maldade do ministro tirar a oportunidade de o presidente de ver os seus familiares para a gente poder fazer o nosso trabalho de fiscalização. Então, eu encaminhei o ofício para o ministro cancelando a visita na quinta-feira e dizendo que iremos quando ele designar uma data que não seja em conflito com as datas de visita dos familiares”, completou o parlamentar.
A visita foi solicitada pelo deputado para realizar inspeção na cela em que Bolsonaro cumpre pena. O ministro Alexandre de Moraes autorizou a visita, na sexta-feira (5/12), sob as regras de não utilizar celular nem tirar fotos ou gravar imagem.


