terça-feira, 28/10/25
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Dólar cai e Bolsa bate recorde com reuniões de Trump com Lula e Xi

Moeda americana recuou a R$ 5,37. Investidores também estão animados com corte de juros nos EUA e projeções de inflação e câmbio no Brasil

Artem Priakhin/SOPA Images/LightRocket via Getty Images
Imagem de notas de dólares dos Estados Unidos – Metrópoles

 

ao real, cotado a R$ 5,37. O Ibovespa fechou em alta de 0,55%, aos 146.969,10 pontos. Com o resultado, o principal índice da Bolsa brasileira (B3) bateu um novo recorde, superando a marca de 146.491,75 alcançada em 24 de setembro.

O Ibovespa também chegou ao maior patamar “intradiário” (ou seja, ao longo do pregão) na história, ao atingir 147.976,99 pontos às 10h17. Dessa forma, deixou para trás os 147.578,38 pontos registrados durante a sessão de 30 de setembro.

Os mercados animaram-se nesta segunda-feira com a diminuição de diversos pontos de tensão que cercam a economia mundial e brasileira há meses. Um deles diz respeito ao tarifaço de 50% imposto ao Brasil pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Trump e Lula

Repercutiu bem entre investidores o encontro entre Trump e o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, realizado na Malásia, no fim de semana. Ele criou a expectativa de que um acordo tarifário entre os dois países não só é possível, mas, agora, soa provável.

O encontro só ocorreu porque Lula e Trump tiveram um contato fortuito durante a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em setembro, em Nova York. Antes disso, a conversa entre ambos parecia impossível, dada a polarização das discussões.

Nesta segunda-feira, Trump deu mostras que a situação mudou. Ele desejou feliz aniversário ao petista, que completou 80 anos. O presidente americano também definiu como “ótima” a reunião realizada com o presidente brasileiro.

Trump e Xi

Outro foco de tensão que regrediu nesta segunda-feira trata das relações comerciais entre EUA e China. Nesse caso, Trump deve se reunir com o presidente chinês, Xi Jinping, na quinta-feira (30/10), na Coreia do Sul. O tema do tarifaço de 100% fixado pelos americanos contra os chineses estará em pauta.

Nesta segunda-feira, Trump disse, em entrevista concedida no avião presidencial Força Aérea Um, a caminho do Japão, que as perspectivas de negociação entre as duas potências são boas. “Tenho muito respeito pelo presidente Xi e acho que chegaremos a um acordo”, disse o republicano.

Juros nos  EUA

Além disso, na quarta-feira (29/10), o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) reúne-se para definir a nova taxa de juros do país, hoje fixada no intervalo entre 4% e 4,5%. A estimativa de corte de 0,25 ponto percentual é quase unânime no mercado, atingindo 96,7% de chances, segundo a ferramenta FedWatch, do CME Group.

Uma nova queda dos juros americanos — eles já foram cortados em 0,25 ponto percentual em 17 de setembro —, é aguardada pelo mercado. A redução tende a aumentar o interesse dos investidores por ativos de risco, como as ações negociadas nas bolsas, e a reduzir a pressão altista sobre o dólar.

Inflação em queda

Nesta segunda-feira, no Brasil, o humor do mercado também melhorou com a divulgação do Boletim Focus, a pesquisa semanal realizada pelo Banco Central (BC) com economistas do mercado. Ela registrou quedas do IPCA, que mede a inflação do país, em todos os horizontes do levantamento, de 2025 a 2028. No caso de 2025, foi o quinto recuo seguido da estimativa, que agora passou de 4,70% para 4,56%.

 

As projeções feitas no Focus indicaram ainda a possibilidade de queda no câmbio em 2025, 2027 e 2028. Para o fim de 2025, a previsão para o valor do dólar baixou de R$ 5,45 para R$ 5,41 frente ao real.

Vitória de Milei

O mercado também viu com bons olhos a vitória do presidente da Argentina, Javier Milei, nas eleições legislativas realizadas no país no domingo (26/10). O partido de Milei, a Liberdade Avança, conquistou 64 das 127 cadeiras em disputa na Câmara e 13 das 24 no Senado, e vai aumentar sua base no Congresso.

Bolsas em alta

As bolsas de Nova York operaram em alta nesta segunda-feira. Às 16h45, os principais índices avançavam: o S&P 500 1,18%, o Dow Jones 0,69% e o Nasdaq, que concentra ações de tecnologia, 1,79%.

Na Europa, o mercado de capitais também fechou com avanços. Subiram o Stoxx 600, que reúne empresas de 17 países da Europa (+0,21%); o FTSE 100, da Bolsa de Londres (+0,09%); o DAX, de Frankfurt (+0,28%); e o CAC 40, de Paris (+0,16%).

Ibovespa

No Ibovespa, na avaliação de Andressa Bergamo, da AVG Capital, entre as altas, um dos destaques ficou com a Petrobras, que divulgou dados de produção do terceiro trimestre de 2025 acima do esperado. As ações da Usiminas também subiram forte, num movimento de correção, depois da queda de sexta-feira (24/10), quando a companhia reportou prejuízo de R$ 3,5 bilhões no terceiro trimestre deste ano.

Já as ações da Raízen, observa a analista, chamaram a atenção entre as quedas. Nesse caso, o recuo foi resultado do corte da agência Fitch, que rebaixou a classificação de crédito da companhia de BBB para BBB-, fator que colaborou para a fuga dos investidores dos papéis da empresa.

 

Com informações do Metrópoles 

 

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