Em entrevista à coluna, ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse que exames do rapper Hungria não detectaram metanol no sangue do cantor
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse nesta segunda-feira (6/10), em entrevista exclusiva à coluna, que não foi detectado metanol no sangue do cantor Hungria.
O artista foi internado em um hospital particular de Brasília, na semana passada, com suspeita de intoxicação por metanol, após consumir bebidas alcoólicas.
Segundo Padilha, o centro de referência toxicológica do Sistema Único de Saúde (SUS), que auxiliou nos exames do artista, não encontrou presença de metanol nem de seus derivados.
“Ele já teve alta, está em casa. Durante o acompanhamento, já havia sido solicitado um exame para detecção do metanol pela rede privada, mas o Ministério da Saúde ajudou no acesso ao centro de referência de toxicologia do SUS, que fez a detecção mais rápida e destacou a ausência do metanol. Não só do metanol, mas também de seus derivados, como o ácido fórmico, que causa agressão ao sistema nervoso central. Mais informações serão fornecidas pela própria equipe médica”, afirmou o ministro
Hungria recebeu alta no domingo (5/10). Segundo a assessoria do Hospital DF Star, onde o cantor foi internado, o rapper deverá seguir cuidados clínicos e passar por reavaliação médica ambulatorial.
Na quinta-feira (2/10), Padilha chegou a afirmar, em coletiva de imprensa, que a intoxicação de Hungria por metanol havia sido confirmada. Minutos depois, porém, recuou e disse que não havia confirmação.
Casos em Brasília estão descartados, por ora
Na entrevista à coluna, o ministro da Saúde afirmou ainda que todos os dois casos suspeitos em Brasília foram descartados, por ora, do ponto de vista laboratorial.
“Por enquanto, temos casos confirmados concentrados em São Paulo. Foram identificados dois no Paraná, que faz divisa ali com São Paulo. As notificações no resto do país são importantes, a partir da suspeita clínica, mas não há nenhum caso confirmado. Os casos notificados na Bahia foram rapidamente descartados pelos exames laboratoriais feitos pelo estado, mesma coisa no caso do Espírito Santo. Então, por enquanto, temos uma situação concentrada em São Paulo e, agora, também no Paraná. Os casos aqui de Brasília também foram descartados do ponto de vista laboratorial. É importante aguardar o esclarecimento total da situação para que a gente não corra riscos neste momento”, disse Padilha.
