terça-feira, 30/09/25
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Petro: Trump merece prisão por ser cúmplice de genocídio em Gaza

Presidente colombiano, Gustavo Petro, critica Donald Trump e reafirma postura pró-Palestina após revogação de visto norte-americano

Getty Imagens / Metrópoles

 

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, afirmou nessa segunda-feira (29/9) que o presidente norte-americano, Donald Trump, “merece prisão” caso continue apoiando a ofensiva israelense em Gaza. A declaração ocorre durante mais um episódio do impasse diplomático entre Bogotá e Washington.

“Se o Sr. Trump continuar sendo cúmplice de genocídio como é hoje, ele não merece nada além da prisão. E seu Exército não deveria obedecê-lo”, disse Petro durante uma reunião de gabinete, transmitida com bandeiras palestinas na sala.

O líder colombiano acusou os Estados Unidos de não reconhecerem o direito internacional por não prenderem o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, durante viagem a Nova York.

“O Estatuto de Roma descreve o que são crimes contra a humanidade ou crimes de guerra e, portanto, leva os responsáveis perante o TPI [Tribunal Penal Internacional]”, afirmou, reiterando que “Trump está se tornando cúmplice”.

No entanto, os EUA não são signatários do Estatuto de Roma, instrumento fundador do Tribunal Penal Internacional.

“Plano de Paz” de Trump para Gaza

Trump divulgou um plano de paz para Gaza durante reunião bilateral com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, nessa segunda-feira (29/9). O documento apresentado pelo governo norte-americano reúne 20 pontos de exigências para um possível cessar-fogo, incluindo a libertação de reféns em até 72 horas e a criação de um “Conselho da Paz”

Divulgado pela Casa Branca e apresentado na coletiva conjunta com Netanyahu, o documento reúne medidas que visam encerrar o conflito, desmilitarizar a Faixa de Gaza e criar um governo provisório supervisionado.

Revogação de visto e resposta de Petro

O episódio ocorre após o Departamento de Estado americano revogar o visto de Petro por supostamente incitar soldados norte-americanos “a desobedecer ordens e incitar violência” durante uma manifestação pró-Palestina em Nova York.

No último sábado (27/9), o colombiano criticou a decisão. “Ele está violando o direito internacional e não tem o direito de revogar o visto de ninguém que vá discursar nas Nações Unidas ou sobre questões em discussão nas Nações Unidas. Isso é direito internacional. Se Trump se esquecer disso, ou se não é informado ou se ele não lê, então alguém deveria ler para ele”.

O ministro do Interior colombiano, Armando Benedetti, defendeu que as declarações de Petro ocorreram no contexto protegido de sua participação na Assembleia Geral da ONU, e que o presidente ainda contava com imunidade diplomática.

Apelo contra a guerra e críticas a Israel

Petro também publicou mensagens nas redes sociais pedindo o fim da guerra em Gaza e condenando a ação de Israel, que classificou como “crime contra a humanidade”.

O presidente colombiano destacou ainda que nenhum cidadão americano terá impedimento de entrar na Colômbia, “mas nenhum criminoso de guerra, muito menos qualquer criminoso contra a humanidade, entrará”.

 

 

 

 

 

 

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