
Miguel Lucena
Houve um tempo em que falar francês era sinônimo de distinção. Hoje, vivemos a era do inglês, misturado ao português, como se fôssemos cidadãos de um mesmo idioma global.
Nas empresas, já não se fala em etapas ou verificações, mas em proof of concept e due diligence. Capricho na língua estrangeira, como se isso emprestasse seriedade ao processo. Até nas petições judiciais, o latim cedeu lugar ao inglês, em parágrafos tão rebuscados quanto excludentes.
Viramos poliglotas às avessas: entendemos mal o português, tropeçamos no inglês e esquecemos o latim. Mas seguimos orgulhosos da performance. In there, aí dentro!