
Miguel Lucena
Em Itabira/MG, o milagreiro não multiplicava pães nem peixes, mas a banha do porco. Untava as fiéis como se fossem torresmos prestes a entrar na frigideira, prometendo cura e exorcismo.
No altar, o médium de araque transformava a religião em chiqueiro, servindo-se da boa-fé alheia para temperar seus abusos. Doze mulheres denunciaram o falso profeta, que confundiu unção com unção de porco e acabou frito pela Polícia Civil.
A moral da história: quem confunde fé com banha termina escorregando no próprio sebo.