A bolsa de valores brasileira recuou 2,10%, aos 134.432 pontos. Já a moeda norte-americana fechou em alta de 1,19%, cotada a R$ 5,4993.

O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, encerrou em queda de 2,10% nesta terça-feira (19), aos 134.432 pontos. Já o dólar fechou em alta de 1,19%, cotado a R$ 5,4993.
O mercado reagiu à decisão do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), que proibiu restrições “decorrentes de atos unilaterais estrangeiros” por parte de empresas ou instituições que atuam no Brasil.
Dino destacou ainda que bloqueio de ativos, cancelamento de contratos ou outras medidas “dependem de autorização expressa” do Supremo Tribunal Federal (STF). Para os investidores, a decisão pode suspender os efeitos da Lei Magnitsky, imposta pelas autoridades dos Estados Unidos ao ministro Alexandre de Moraes.
Pedro Moreira, sócio da One Investimentos, explica que, diante do impasse entre o Brasil e os EUA, investidores estão se “protegendo” e movendo os recursos do setor bancário para o dólar.
“A valorização do dólar, que também subiu ontem, reflete essa postura de precaução. Os investidores tendem a buscar refúgio em ativos considerados mais seguros, como o dólar e o ouro.”
▶️ Com a percepção de maior risco, o dólar subiu e as ações dos principais bancos brasileiros recuavam em conjunto, pressionando o Ibovespa.
Confira as quedas:
- Banco do Brasil (BBAS3): – 6,07%
- Bradesco (BBDC4): -3,49%;
- BTG (BPAC11): -3,39%
- Itaú (ITUB4): -3,71%
- Santander (SANB11): -3,48%
🔎 Quando as ações dos bancos caem juntas, o Ibovespa costuma cair também. Isso acontece porque o setor financeiro tem muito peso no índice e está entre os mais negociados da bolsa.
▶️ Os investidores também analisam os primeiros resultados da reunião do presidente dos EUA, Donald Trump, com o líder ucraniano, Volodymyr Zelensky, e aliados europeus, na Casa Branca.
Trump afirmou estar preparando um encontro trilateral com Zelensky e Vladimir Putin, em data e local ainda indefinidos. Enquanto o americano demonstrou otimismo sobre o fim da guerra na Ucrânia, Zelensky e os líderes europeus pediram garantias firmes de que a Rússia não volte a invadir o país no futuro.
Nesta terça, a Rússia sinalizou pela primeira vez que pode aceitar um encontro com Zelensky. O chanceler Sergei Lavrov afirmou nesta manhã que “a Rússia não rejeita nenhum formato para discutir o processo de paz na Ucrânia”.
▶️ Ainda com os EUA no foco, os investidores acompanham o discurso de Michelle W. Bowman, integrante do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc), que comentará as projeções do Federal Reserve (Fed), o banco central americano, para a economia do país.
Com informações do g1*