
Miguel Lucena
Ouvi no rádio uma empresa orgulhosa anunciando que trabalha com “tecnologia de ponta”. Sorri. Em Brasília isso é o que não falta: tecnologia de ponta, ponta afiada, ponta de lança… e ponta na cabeça alheia.
A capital modernista nasceu cheia de linhas retas, mas o povo aqui adora uma curva. Tem gente que investe em drone, inteligência artificial e biometria emocional para flagrar o parceiro.
Quando descobre o chifre, fica parecendo Wi-Fi aberto: todo mundo conecta, menos ele.
Então, cuidado ao ouvir “tecnologia de ponta”. Em Brasília, pode ser só o bom e velho chifre, sempre inovando.