Um sopro de vida numa tragédia

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Frame/Reprodução

 

Por Fátima Baldez

Na tarde de 12 de junho de 2025, o voo AI-171 da Air India, partindo de Ahmedabad, no oeste da Índia, com destino a Londres, desabou poucos minutos após a decolagem, vitimando pelo menos 241 pessoas entre passageiros e tripulantes. Um verdadeiro rastro de dor e desolação. No solo, a aeronave atingiu um alojamento de estudantes de medicina em uma área residencial, justamente na hora do almoço, deixando mais feridos e corpos espalhados entre os escombros ainda quentes pela explosão.

Mas, em meio a essa cena de horror, ergue-se um fio de esperança — e espanto: um homem de 40 anos emerge dos destroços, ainda desorientado e cambaleante, afirmando ser passageiro do voo que acabara de cair. Vishwash Kumar Ramesh, o ocupante do assento 11A. Um sopro de vida em meio à tragédia. Ele escapou do fogo e da queda, contrariando as estatísticas que acompanham os acidentes aéreos.

Foi confirmado: ele sobreviveu entre tantos mortos. Isso nos remete à ânsia pelo infinito. O desejo da eternidade pulsa em nós. E, nesta história, encontramos alento. Lembramos que a morte, embora nos cerque diariamente, não determina o destino final. O que desejamos, no fundo, é a eternidade. Cremos que há um plano maior — por muitos já desacreditado — além das lágrimas dolorosas. Existe um céu que nos acolhe e uma linda promessa de que, muito em breve, não haverá mais pranto nem dor. E é nisso que firmamos a nossa fé: na certeza da ressurreição.

Mesmo diante de grandes tragédias, a esperança ressurge. No meio da angústia, ainda podemos nos reerguer. Não estamos isentos da dor, mas, ao ver Vishwash Kumar Ramesh caminhando como um farol em meio à escuridão, encontramos consolo.

Um sobrevivente nos faz lembrar da grande promessa de Jesus Cristo: haverá um reencontro definitivo. Um último voo pousará no céu — sem quedas. Teremos vencido as turbulências. Não haverá mais explosões, nem lágrimas. Todas essas coisas já terão passado.

Queremos ser o 11A em meio a todo o caos. Desejamos ser resgatados, lembrados, poupados… E, enfim, estar ao lado d’Aquele que venceu a morte e prometeu voltar para buscar todos os que n’Ele creem.

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