sexta-feira, 14/03/25
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Impacto Trump: cessar-fogo de Ucrânia e Rússia começa a ser discutido

Desde que assumiu o cargo, presidente dos EUA estabeleceu como prioridade encerrar a guerra entre Rússia e Ucrânia e propôs o cessar-fogo

Arte: Metrópoles/Reprodução

 

A guerra entre Ucrânia e Rússia, iniciada em 24 de fevereiro de 2022, já dura 3 anos e deixou o território ucrâniano arrasado, além de mais de 12,3 mil civis mortos de ambas nações. O conflito, que parecia sem fim, pode ser interrompido pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que elaborou um plano de cessar-fogo imediato por 30 dias, já aceito pelos ucranianos.

Apesar da Ucrânia ter aceitado o acordo, o presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que concorda com a proposta, mas com condições. “Partimos do fato de que esse cessar-fogo deve levar a uma paz duradoura e deve remover as causas raízes desta crise”.

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, afirmou, nessa quinta-feira (13/3), que a Rússia estava pronta para conversar com autoridades americanas sobre a iniciativa de paz discutida entre os EUA e a Ucrânia.

“Estamos prontos para discutir as iniciativas estabelecidas em contatos futuros com os Estados Unidos. Esses contatos já são possíveis hoje”, disse Zakharova.

O presidente Donald Trump, após a reunião com o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Mark Rutte, afirmou que a resposta do presidente russo ao cessar-fogo proposto pelos EUA com a Ucrânia é “promissora… mas não foi completa”.

“Ele fez uma declaração muito promissora, mas não foi completa. Eu adoraria me encontrar com eles ou falar com ele, mas temos que acabar com isso rápido. Você sabe, todo dia, pessoas estão sendo mortas”, afirmou Trump.

Trump ainda destacou que, se a Rússia não concordar com o cessar-fogo, será um “momento muito decepcionante para o mundo”.

“Então, muitos dos detalhes de um acordo final foram realmente discutidos. Agora, vamos ver se a Rússia está lá ou não, e se não estiver, será um momento muito decepcionante para o mundo. Eu tenho influência, mas não quero falar sobre influência agora, porque agora estamos falando com eles e, com base nas declarações que ele [Putin] fez hoje, eles foram bem positivos, eu acho”, disse Trump.

Já o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, disse que a falta de uma resposta “significativa” da Rússia mostra que “eles buscam prolongar a guerra”. E complementou: “Isso demonstra mais uma vez que a Rússia busca prolongar a guerra e adiar a paz o máximo possível. Esperamos que a pressão dos EUA seja suficiente para obrigar a Rússia a encerrar a guerra”.

O assessor especial de Zelenskyy, Andriy Yermak, afirmou que o país não irá para uma segunda Guerra Fria. “Nossos parceiros dos EUA também são contra esse cenário. Somos contra o ‘Minsk-3’, e a Europa será envolvida no processo de paz”.

Acordo entre EUA e Ucrânia

Ao aceitar o acordo dos EUA, a Ucrânia ainda aceitou “tomar medidas para restaurar uma paz duradoura após a invasão da Rússia”, segundo a declaração conjunta das duas delegações reunidas em Jeddah, na Arábia Saudita.

A declaração conjunta afirma que “a Ucrânia expressou prontidão para aceitar a proposta dos EUA de promulgar um cessar-fogo imediato e provisório de 30 dias, que pode ser estendido por acordo mútuo das partes, e que está sujeito à aceitação e implementação simultânea pela Federação Russa. Os Estados Unidos comunicarão à Rússia que a reciprocidade russa é a chave para alcançar a paz”, diz o comunicado.

Segundo o secretário de Estado, Marco Rubio, a Ucrânia e os EUA deram um “passo positivo” durante as negociações. Ele acrescentou que os EUA, agora, levarão a oferta aos russos, pois “a bola está na quadra deles”.

De acordo com o documento, “ambas as delegações concordaram em, imediatamente, iniciar negociações para uma paz duradoura que garanta a segurança da Ucrânia no longo prazo”.

Como resultado desse passo positivo, o presidente dos EUA decidiu suspender a pausa na ajuda e na assistência de segurança à Ucrânia.

Guerra continua em meio ao acordo de cessar-fogo

Em meio às negociações de cessar-fogo, as Forças Armadas da Rússia retomaram áreas em Kursk, território russo ocupado por Kiev no ano passado. Para além da fronteira, um novo ataque com mísseis balísticos e drones deixou quatro mortos no porto de Odessa, no sul da Ucrânia, e uma mulher, de 47 anos, morreu em outro bombardeio na cidade natal de Zelensky, Kryvyi Rih.

A Força Aérea Ucraniana declarou que a Rússia lançou três mísseis contra o país durante a noite, além de 133 drones de diversos tipos, dos quais 98 foram abatidos.

Na quinta-feira (13/3), várias cidades ucranianas também foram atacadas pelos russos, deixando uma mulher de 42 anos morta em Kherson. Autoridades em Kyiv e Dnipropetrovsk, regiões ucranianas, também relataram ter sofrido ataques.

No campo de batalha russo, o Ministério da Defesa do país informou que abateu 77 drones ucranianos, dois dias depois de Kiev realizar seu maior ataque direto contra Moscou durante os três anos de guerr.

Segundo o ministério, trinta drones foram interceptados e destruídos na região ocidental de Bryansk, na fronteira com a Ucrânia, enquanto outros 25 foram abatidos em Kaluga. Outros foram interceptados nas regiões de Kursk, Voronezh, Rostov e Belgorod.

A Rússia disse que três pessoas morreram e várias outras ficaram feridas no ataque de terça-feira, e que interceptou 337 drones ucranianos em todo o país.

Putin visitou Kursk, região russa atacada pela Ucrânia, e afirmou que “a situação está totalmente sob controle, e o grupo que invadiu nosso território foi totalmente isolado”. O presidente russo também afirmou que as tropas ucranianas não podem mais deixar a área, e que eles “terão que se render ou morrer”.

Fonte: Metrópoles 

 

 

 

 

 

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