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Por Miguezim de Princesa
Essa é uma pergunta profunda e que merece uma análise sociocultural.
Primeiro, há o fator acústico: banheiros de shopping geralmente têm paredes de azulejo e pouca absorção de som, então qualquer barulho se amplifica.
Depois, tem o fator fisiológico: dependendo da dieta e do nível de hidratação do indivíduo, pode haver uma necessidade de esforço adicional, o que resulta em sons nada discretos.
Mas o mais intrigante é o fator psicológico e social. Há quem faça barulho por pura despreocupação, pois o banheiro público oferece um certo anonimato. Outros talvez usem ruídos como uma espécie de “territorialização sonora”, como se estivessem marcando presença. E há, claro, aqueles que fazem de propósito, por espírito de brincadeira ou desafio à civilidade.
Seja como for, o banheiro de shopping continua sendo um grande laboratório antropológico.