terça-feira, 11/02/25
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México recebeu 11 mil imigrantes deportados desde a posse de Trump, diz presidente

Segundo Claudia Sheinbaum, 2.500 deles não eram cidadãos mexicanos e serão repatriados para Honduras.

Claudia Sheinbaum — Foto: Reprodução / X

 

O México recebeu quase 11 mil imigrantes deportados dos Estados Unidos desde 20 de janeiro, quando o presidente Donald Trump assumiu o cargo, disse a presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, nesta sexta-feira (7).

Durante sua coletiva de imprensa diária, Sheinbaum revelou que, deste total, cerca de 2,5 mil não são cidadãos mexicanos. Muitos deles eram de Honduras e foram repatriados por meio de voos e transporte terrestre.

“É voluntário. Nós os acompanharemos para que possam ir para seus países de origem”, afirmou ela aos repórteres, enfatizando que as repatriações não foram forçadas.

 

Nesta sexta, a agência de notícias Reuters registrou o trabalho de patrulha de membros da Guarda Nacional Mexicana e do Exército Mexicano no muro da fronteira do país com os EUA, nos arredores de Ciudad Juarez.

Reforço militar na fronteira

O México iniciou, nesta terça-feira (4), o envio de militares para a fronteira com os Estados Unidos.

A informação foi dada pela presidente, Claudia Sheinbaum durante sua coletiva de imprensa diária. O reforço na fiscalização, que busca frear o tráfico de drogas na região, faz parte do acordo para que o presidente americano, Donald Trump, não imponha tarifas alfandegárias de 25% ao país vizinho.

“Os militares já começaram a ser enviados. O plano foi feito pelo general secretário (da Defesa) com sua equipe”, disse Sheinbaum, afirmando que os soldados foram mobilizados de outros estados que “não têm tanto problema de segurança” e que a transferência “não deixa o resto do país sem segurança”.

 

Ela disse, ainda, que o envio dos militares também ajudará a fortalecer as operações de segurança na fronteira norte, que tem sido sacudida pela violência vinculada ao crime organizado.

Militares embarcaram, por exemplo, em Cancún, na Riviera Maya, grande destino turístico do país. De acordo com a AFP, cerca de 300 militares estavam no aeroporto de Mérida.

Na coletiva, Sheinbaum falou ainda sobre a decisão do Equador de aplicar tarifas de 27% sobre todos os produtos mexicanos. A presidente mexicana minimizou o impacto na economia e afirmou que as exportações para o país sul-americano provavelmente representam apenas 0,4% do total de embarques do México para mercados estrangeiros.

Nesta segunda-feira (3), o México se comprometeu com o governo de Donald Trump a enviar 10 mil militares para a fronteira com os Estados Unidos para conter o tráfico de drogas, particularmente o de fentanil.

Trump, por sua vez, pausou por um mês a cobrança de tarifas de 25% sobre as exportações mexicanas, que havia anunciado no sábado passado, quando acusou o México e o Canadá, seus parceiros no tratado de livre comércio T-MEC, de permitir a entrada de migrantes irregulares e drogas em seu território.

O governo Trump, inclusive, acusou o México de ter uma “aliança” com cartéis do narcotráfico, o que Sheinbaum repudiou durante o fim de semana, qualificando a afirmação de “calúnia”.

Os Estados Unidos são o destino de mais de 80% das exportações mexicanas e por isso tarifas mais altas significariam um duro golpe para a segunda maior economia da América Latina, atrás apenas do Brasil.

 

 

 

 

 

 

 

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