quarta-feira, 05/02/25
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Morador da periferia do DF realiza sonho e se torna diplomata aos 35 anos

William Silva Placides tomou posse no Itamaraty após seis tentativas no concurso considerado um dos mais difíceis e disputados do país.

Do Sol Nascente para o mundo: jovem da periferia do DF torna-se diplomata aos 35 — Foto: Reprodução/Arquivo pessoal

 

Por Gabriel Buosi, TV Globo

Aos 35 anos, William Silva Placidez realizou o sonho de se tornar diplomata. Até os 19, ele morou noSol Nascente, periferia do Distrito Federal, onde viu de tudo: desde as enchentes até os casos de criminalidade. Mas, ele se recusou a não lutar por uma vida diferente

William é natural de Itapecerica da Serra, em São Paulo. Ele conta que veio com a mãe para Brasília em busca de melhores oportunidades.

“Minha mãe se separou e resolveu vir para Brasília buscar mais oportunidades para a gente porque realmente a máquina pública funciona melhor, tem mais serviços, mais acesso, né? Só que quando a gente chegou aqui, a gente foi parar lá no Sol Nascente”, lembra William.

 

Após muito estudo, em 2007, veio a primeira conquista de William com o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

“Eu tive a grata surpresa de ter ficado em quarto lugar [entre os alunos] das escolas públicas do DF, o que deu uma nota que me dava acesso a basicamente qualquer curso. Acabei escolhendo relações internacionais”, diz o diplomata.

Quatro idiomas

Desde então, ele conheceu outras possibilidades de explorar o mundo. Estagiou na embaixada da Itália, onde conheceu de perto a profissão de diplomata. Mas, uma mudança temporária na carreira apareceu.

“Durante o período da universidade, eu passei no concurso para entrar para carreira de atividades penitenciárias, que hoje é a Polícia Penal de Brasília, onde eu passei 14 anos e meio. Casei, tive filhos”, conta William.

Ele diz que, à época, o concurso para o Itamaraty parecia algo muito distante. Mas, de 2017 para cá, ele não voltou a correr atrás do sonho. Atualmente, William está no Instituto Rio Branco (IRBr), academia que forma os diplomatas do Brasil.

“A gente estuda quatro idiomas estrangeiros ao mesmo tempo: espanhol, francês e o inglês, e tem que escolher entre árabe, chinês e russo, que foi a minha escolha. Depois de três anos em Brasília, eu vou ser desdobrado e vou passar provavelmente 10 anos servindo entre países diferentes, representando a nossa nação”, comemora William.

 

 

 

 

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