segunda-feira, 03/02/25
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Como China se prepara para ‘tarifaço’ de Trump

Trump anunciou tarifa de 10% sobre importações da China a partir deste sábado, 1º de fevereiro — mas empresas chinesas ainda não sabem o que isso pode significar para seu futuro.

Trump cumpriu sua promessa de campanha e anunciou uma taxa de 10% que entra em vigor neste sábado, 1º de fevereiro — Foto: Getty Images via BBC

 

Por Laura Bicker/BBC NEWS

Uma série de tarifas impostas por Donald Trump em seu primeiro mandato presidencial desencadeou uma guerra comercial entre os Estados Unidos e a China.

Seis anos depois, as empresas chinesas se movimentam para tentar entender o que uma nova sequência de taxas pode significar para o seu futuro, agora que Trump está de volta na Casa Branca.

“Costumávamos vender cerca de um milhão de pares de botas por ano”, conta à BBC o Sr. Peng, gerente de vendas de uma fábrica de botas na costa leste da China que não quis revelar seu primeiro nome.

 

“Que direção devemos tomar no futuro?”, se questiona agora o comerciante, incerto sobre o que o novo mandato de Trump pode trazer para ele, seus colegas e para a China.

Uma batalha se aproxima

 

Para os mercados ocidentais que estão cada vez mais cautelosos com as ambições de Pequim, o comércio se tornou uma poderosa moeda de troca — especialmente porque a economia chinesa passa por um processo de desaceleração e depende cada vez mais das exportações.

Assim que chegou à Casa Branca Trump cumpriu sua promessa de campanha de aplicar tarifas esmagadoras contra produtos fabricados na China e anunciou uma taxa de 10% que entra em vigor neste sábado, 1º de fevereiro.

Ele também ordenou uma revisão do comércio entre EUA e China — o que dá tempo a Pequim e espaço de negociação a Washington.

Ao mesmo tempo, também aplicou uma retórica mais dura (e tarifas mais altas) contra alguns de seus principais aliados, como Canadá e México.

E se para alguns as últimas decisões de Trump são uma pausa na batalha iminente com Pequim, outros acreditam que o pior ainda está por vir.

É difícil estimar quantas empresas estão saindo da China, mas grandes nomes como Nike, Adidas e Puma já se mudaram para o Vietnã. As empresas chinesas também estão se movendo, remodelando as cadeias de suprimentos, embora Pequim continue sendo um ator importante no setor.

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